Um ataque à Guiana ou à Exxon geraria "dia ruim" para a Venezuela, diz secretário de Estado dos EUA
Seria "um dia muito ruim" para a Venezuela se ela atacasse sua vizinha Guiana ou a gigante do petróleo ExxonMobil, disse nesta quinta-feira o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, durante sua visita à capital da Guiana.
A Guiana e a Venezuela estão envolvidas em uma disputa de longa data sobre qual país tem direitos sobre a área de Esequibo, de 160.000 km², que é objeto de um processo em andamento na Corte Internacional de Justiça (CIJ).
Washington ofereceu apoio militar ao pequeno país sul-americano em meio à disputa territorial e ao aumento das sanções dos EUA contra a Venezuela.
O cruzador Normandy, da Marinha dos EUA, e o navio-patrulha Shahoud, da Força de Defesa da Guiana, estavam realizando exercícios em águas internacionais e na Zona Econômica Exclusiva da Guiana, informou a embaixada dos EUA na Guiana em uma postagem nas mídias sociais na madrugada desta quinta-feira.
As tensões aumentaram neste mês quando a Guiana disse que uma patrulha da guarda costeira da Venezuela entrou em suas águas e se aproximou de um navio de produção em um bloco de petróleo offshore operado pela Exxon.
Um consórcio formado pela Exxon, Hess e CNOOC da China controla toda a produção de petróleo e gás na Guiana, que este ano está produzindo cerca de 650.000 barris por dia.
A parte noroeste do bloco, próxima à Venezuela, permaneceu em força maior, pois o grupo Exxon não conseguiu concluir a exploração no local.
O Ministério das Comunicações da Venezuela não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
A Venezuela já havia dito anteriormente que o navio não entrou em águas guianenses, pois a delimitação da zona marítima ainda está pendente como parte da disputa territorial.
