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"Vamos reagir com firmeza", diz UE sobre decisão de Putin

Líder russo reconheceu independência de separatistas na Ucrânia

21 fev 2022 - 16h49
(atualizado às 18h16)
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O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, afirmou que o reconhecimento dos dois territórios separatistas na Ucrânia por parte da Rússia "é uma violação flagrante do direito internacional, da integridade territorial ucraniana e dos acordos de Minsk".

"A UE e seus parceiros reagirão com unidade, firmeza e determinação", escreveu Michel no Twitter. 

A declaração é dada logo após o presidente russo, Vladimir Putin, reconhecer as duas regiões separatistas pró-Russia em Donbass como independentes. 

Líder russo reconheceu independência de separatistas na Ucrânia
Líder russo reconheceu independência de separatistas na Ucrânia
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Mais cedo, o alto representante da União Europeia (UE), Josep Borrell, já havia dito que "certamente" irá impor sanções contra a Rússia, caso haja o reconhecimento das regiões separatistas no leste da Ucrânia.

Durante coletiva de imprensa antes de reunião com os ministros das Relações Exteriores do bloco, o diplomata ressaltou que "caso haja reconhecimento" da independência das áreas separatistas, colocará "sanções" à mesa para serem discutidas pelos representantes dos estados-membros.

"Apelamos a Putin para que respeite o direito internacional e os acordos de Minsk e esperamos que ele não reconheça a independência das regiões separatistas, mas, se o fizer, estamos prontos para reagir", disse Borrell.

De acordo o alto representante da UE, "na Ucrânia, a Rússia criou a principal ameaça à paz e à estabilidade na Europa desde a Segunda Guerra Mundial". "Nesse ponto, tudo em que acreditamos é questionado".

Borrell condenou a mobilização das tropas russas e as provocações, enfatizando que foram vistas "as manipulações de Moscou que querem criar um pretexto para a escalada militar", um "modus operandi clássico".

Por fim, ele lembrou que a Belarus está perdendo sua soberania e está se tornando uma espécie de satélite da Rússia, além de voltar a reforçar que a UE reagirá mesmo que um ataque à Ucrânia seja feito pelo território bielorrusso. 

Ansa - Brasil
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