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Vaticano descarta veracidade de Virgem que 'chora sangue'

Estátua fica às margens de um lago nos arredores de Roma

27 jun 2024 - 10h45
(atualizado às 11h57)
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O Dicastério para a Doutrina da Fé, principal órgão do Vaticano em matéria de teologia, descartou a veracidade de supostos eventos sobrenaturais ligados a uma estátua da Virgem Maria na Itália à qual fiéis atribuem lágrimas de sangue.

    A escultura reunia multidões de católicos às margens do Lago Bracciano, em Trevignano, nos arredores de Roma, em encontros organizados no terceiro dia de cada mês.

    No entanto, o Dicastério para a Doutrina da Fé, herdeiro da Santa Inquisição, reconheceu nesta quinta-feira (27) a "validade jurídica" de um decreto de 6 de março no qual o bispo de Civita Castellana, Marco Salvi, havia declarado a ausência de "sobrenaturalidade" nos fatos ligados à estátua.

    Na ocasião, o religioso pediu que os fiéis não participassem de encontros para venerar a escultura, que pertence à autoproclamada vidente Gisella Cardia. Ela alega que a estátua chora lágrimas de sangue e que a Virgem Maria faz aparições e diz mensagens de esperança. Entre os "milagres" citados por Cardia está a multiplicação de pizza e nhoque em jantares organizados por ela.

    A "vidente" já foi condenada pela falência de uma empresa de cerâmica e afirma que comprou a estátua no vilarejo bósnio de Medjugorje, onde católicos também relatam aparições de Nossa Senhora, apesar do ceticismo do Vaticano.

    "Que a Beata Virgem Maria, mãe de Jesus e da Igreja, possa devolver a paz e a serenidade, em vista do bem espiritual dos fiéis da paróquia de Trevignano Romano e de toda a diocese de Civita Castellana", disse o Dicastério para a Doutrina da Fé.  

Ansa - Brasil   
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