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Vaticano investigará cardeal francês por abuso sexual

11 nov 2022 - 18h37
(atualizado às 18h58)
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Em um novo caso que a abala a Igreja Católica, o Vaticano anunciou nesta sexta-feira (11) que investigará o cardeal francês Jean-Pierre Ricard, que confessou ter tido há 35 anos uma conduta "reprovável" com uma adolescente de 14 anos, quando era padre.

Vaticano investigará cardeal francês por abuso sexual
Vaticano investigará cardeal francês por abuso sexual
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Segundo o diretor da sala de imprensa do Vaticano, Matteo Bruni, a Santa Sé decidiu iniciar uma "investigatio previa (investigação preliminar) sobre o bispo emérito de Bordeaux e presidente da Conferência Episcopal Francesa (2001-2007)".

"Seguindo os elementos que surgiram nos últimos dias e a declaração feita pelo cardeal Ricard, decidiu-se iniciar uma investigação prévia e agora está sendo avaliada a pessoa mais adequada, com necessária autonomia, imparcialidade e experiência, considerando também o fato de que as autoridades judiciárias francesas têm um processo aberto sobre o caso", explicou Bruni.

Ricard admitiu em um comunicado que molestou uma adolescente na década de 1980. A confissão do cardeal foi lida no plenário da Conferência Episcopal Francesa.

"Hoje, quando a Igreja na França quis ouvir as vítimas e agir na verdade, decidi não esconder mais minha situação e me colocar à disposição da justiça tanto em termos da sociedade quanto da Igreja. Essa abordagem é difícil, mas primeiro há o sofrimento vivido pelas vítimas e o reconhecimento dos atos cometidos, sem querer esconder minha responsabilidade", disse o cardeal.

"O meu comportamento necessariamente causou consequências graves e duradouras a esta pessoa", acrescentou o religioso, explicando que já tinha pedido perdão e renovando o pedido de desculpas, a ela e a toda a família.

Ricard enfatizou que "é por esses atos que decido fazer um tempo de retiro e oração". "Peço desculpas àqueles que magoei e que viverão esta notícia como um verdadeiro teste".

Após o caso vir à tona, a justiça francesa abriu um inquérito preliminar para analisar os elementos dessa "revelação", afirmou a promotoria de Marselha, alegando que nenhuma queixa relacionada ao religioso foi apresentada até o momento.

De acordo com o "Vatican News", um processo canônico geralmente só é iniciado quando as autoridades judiciárias de um país, como a França neste caso, concluem seus procedimentos. Muitas vezes, ao final do julgamento civil, a Igreja pode solicitar a documentação da autoridade judiciária para integrá-la em sua própria avaliação. .

Ansa - Brasil
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