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Veneza faz novo teste de barreiras contra inundações

Mose entrará em funcionamento em caráter experimental em 2020

14 jan 2020 - 13h23
(atualizado às 13h45)
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As autoridades de Veneza fizeram na manhã desta terça-feira (14) mais um teste do sistema Mose, bilionário complexo de barreiras construído para proteger o centro histórico da cidade contra inundações.

Teste das comportas do Mose, em Veneza
Teste das comportas do Mose, em Veneza
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

As comportas foram acionadas na Bocca di Lido, um dos três acessos da Lagoa de Veneza ao Mar Adriático. "Teste das barreiras do Mose: conseguimos!", escreveu no Twitter o prefeito Luigi Brugnaro.

Em dezembro passado, as comportas da Bocca di Malamocco, o principal dos três acessos, já haviam sido testadas com sucesso. "Continuaremos fazendo pressão para que as obras terminem. Devemos isso aos cidadãos que vivem e trabalham em Veneza", acrescentou o prefeito.

O próximo teste será em 3 de março, de modo a consentir que o Mose entre em funcionamento em caráter experimental dentro de seis meses, mas apenas em situações emergenciais. A conclusão do projeto, iniciado em 2003, está prevista para dezembro de 2021, ao custo de 5,5 bilhões de euros.

As comportas ficarão nos três acessos da lagoa ao Adriático e poderão resistir a inundações de até três metros - a mais alta já registrada na cidade teve 1,94 metro, em 1966.

Em novembro passado, o centro histórico registrou quatro marés superiores a 1,4 metro, algo inédito para um único mês em toda a história de Veneza. A maior delas, no dia 12, teve 1,87 metro.

O fenômeno da "acqua alta" é mais comum entre o fim do outono e o início do inverno europeu e acontece quando o nível do Mar Adriático sobe e invade as águas da lagoa, inundando a cidade.

As marés são influenciadas pelo ciclo lunar e por eventos meteorológicos, como tempestades e o vento de siroco, uma corrente de ar quente proveniente do deserto do Saara, mas fatores como o aquecimento global e o assoreamento do solo lagunar também contribuem para as enchentes.

Ansa - Brasil
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