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Venezuela detém jornalistas de Colômbia, Espanha e França

Foram presos três jornalistas estrangeiros e um motorista que trabalham para a agência de notícias espanhola "EFE"

31 jan 2019 - 09h44
(atualizado às 10h02)
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Autoridades da Venezuela detiveram três jornalistas estrangeiros e um motorista que trabalham para a agência de notícias espanhola "EFE", na quarta-feira, informou a empresa, nas mais recentes prisões de repórteres que cobrem os esforços apoiados pelos Estados Unidos para afastar o presidente Nicolás Maduro.

Protesto contra governo do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em Caracas
30/01/2019
REUTERS/Manaure Quintero
Protesto contra governo do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em Caracas 30/01/2019 REUTERS/Manaure Quintero
Foto: Reuters

O fotógrafo colombiano Leonardo Muñoz foi preso com seu motorista venezuelano, José Salas, quando noticiava protestos contra o governo.

Horas mais tarde, agentes de inteligência detiveram o repórter espanhol Gonzalo Domínguez Loeda e a produtora de televisão colombiana Maurén Barriga Vargas em seu hotel, disse a chefe de redação da EFE em Caracas, Nélida Fernández.

Toda a equipe havia partido de Bogotá no início do mês.

O governo espanhol criticou as detenções e pediu a Caracas que liberte os jornalistas e o motorista imediatamente. Todos os quatro trabalham para a estatal espanhola "EFE", a quarta maior agência de notícias do mundo.

"O governo (da Espanha) exige sua libertação imediata... o governo volta a pedir que as autoridades da Venezuela respeitem o Estado de Direito, os direitos humanos e as liberdades fundamentais, das quais a liberdade de imprensa é um elemento central", disse Madri em um comunicado nesta quinta-feira.

Líder de oposição venezuelana Juan Guaidó
30/01/2019
REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
Líder de oposição venezuelana Juan Guaidó 30/01/2019 REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
Foto: Reuters

Chilenos deportados

As prisões vieram na esteira da deportação de dois repórteres chilenos detidos nesta semana. Uma fonte diplomática da França disse na quarta-feira que dois repórteres franceses que cobriam a crise foram presos e que a embaixada francesa está pleiteando sua soltura.

"Nossa embaixada pediu proteção consular, de acordo com a Convenção de Viena, e em particular o direito de acesso", disse a fonte.

Os repórteres franceses estavam trabalhando para o programa de TV diário Quotidien, da rede TF1, que não quis comentar.

(Redação de Caracas; Reportagem adicional de John Irish e Elizabeth Pineau, em Paris, e Jose Elias Rodríguez, em Madri)

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