Venezuela enfrenta risco de novo apagão nacional, alerta grupo
O grupo chamou a atenção, nesta quinta-feira, para um novo apagão nacional antes da chegada da temporada de seca na Venezuela, país onde os cortes de energia, somaram 87 mil casos em 2019, o dobro do registrado no ano anterior.
O país integrante da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) sofreu, em 2019, ao menos seis grandes apagões nacionais, em falhas atribuídas pelo governo do presidente Nicolás Maduro a sabotagens e ataques da oposição, enquanto especialistas sinalizam que os cortes são consequência de anos de desinvestimentos na infraestrutura e sistema.
O país da Opep sofreu em 2019 ao menos seis grandes apagões nacionais, atribuídos pelo governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, a sabotadores e ataques da oposição, enquanto especialistas apontam que os cortes são consequência de desinvestimentos em infraestruturas e equipamentos.
"Já vem o período seco, e o problema pode se tornar mais intenso", disse Aixa López, presidente do Comitê de Afetados por Apagões, criado em 2010 e com representantes nos 23 Estados do país.
A principal hidrelétrica do país, Guri, gera em torno de 5.600 megawatts, embora tenha capacidade para 14.000, enquanto as termoelétricas apenas estão operacionais, explicou.
No país "vão continuar os apagões porque não foi feito nada" para melhorar a geração e distribuição de energia, acrescentou López em uma coletiva de imprensa que foi feita em um salão às escuras por uma falha que se registrou no serviço elétrico na zona norte de Caracas.
Em 2019, as falhas reportadas pelos usuários ao grupo totalizaram 87.267 e nos primeiros meses deste ano já são mais de 10.000, com interrupções que podem se estender desde algumas horas até vários dias, afirmou López. As falhas elétricas de 2018 foram 46.566, de acordo com o Comitê de Afetados por Apagões.
Andreina Yépez, de 43 anos, professora no Estado de Táchira, na fronteira com a Colômbia, disse que vive "em estresse pelos apagões". "Meus filhos já não podem nem fazer as tarefas porque sempre estamos sem eletricidade. Diariamente, são oito horas sem luz... estamos agoniados."
O Ministério da Informação não respondeu a uma solicitação de comentário.