Venezuela perde direito a voto na ONU
País acumula dívida em suas contribuições à organização
A Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou que a Venezuela e outros seis países perderam seu direito a voto em 2020, por causa de dívidas relativas a suas contribuições para a entidade.
A lista também inclui Gâmbia, Lesoto e República Centro-Africana, na África; Tonga, na Oceania; e Iêmen e Líbano, no Oriente Médio. O porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, disse que outros três países - Comoros, São Tomé e Príncipe e Somália, todos na África - também estão em atraso, mas manterão o direito a voto até setembro.
O ministro venezuelano das Relações Exteriores, Jorge Arreaza, pediu para a ONU voltar atrás na decisão e disse que o atraso nas contribuições do país se deve às sanções impostas pelos Estados Unidos.
"O embargo financeiro dos EUA fechou os caminhos bancários à disposição do Estado venezuelano para honrar seus pagamentos, violando abertamente o direito internacional", afirmou o chanceler no Twitter.
A ONU pode suspender o direito a voto de membros que deixem de pagar suas contribuições em pelo menos dois anos consecutivos, desde que a situação não dependa de causas de força maior reconhecidas pela própria entidade.