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Vice da agência de espionagem promete 'compromisso' com transparência

11 out 2013 - 11h23
(atualizado às 11h33)
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O vice-diretor da National Security Agency (NSA) - agência do governo dos Estados Unidos responsável por fazer espionagem eletrônica - disse à BBC que a sua instituição tem o "compromisso" de melhorar a transparência das suas operações.

Em rara entrevista, durante uma passagem por Londres, Chris Inglis disse que é preciso achar um equilíbrio entre sigilo e transparência para conquistar a confiança dos cidadãos. "Eu acredito que é preciso haver mais transparência", disse Inglis.

"Nós tivemos essa discussão muitas vezes ao longo do verão sobre a necessidade de talvez reequilibrar a linha entre a segurança nacional e as liberdades civis."

"Eu não acho que seja esse o caso. Eu acho que os dois lados precisam ter apoio igual e total. Eu não acho que devemos trocar um pelo outro."

"Mas acho que precisamos considerar o equilíbrio entre sigilo e transparência para reter a confiança das pessoas ou daqueles que 'calçam os sapatos' dos cidadãos em nome deles, como o Congresso, por exemplo. Precisa haver maior transparência e estamos comprometidos com isso."

Em junho, a imprensa noticiou documentos vazados pelo ex-agente de segurança Edward Snowden que revelavam que a agência americana NSA e a britânica GCHQ estavam usando sistemas de computador para monitorar as comunicações de cidadãos comuns.

O argumento usado pelas autoridades dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha é de que isso precisa ser feito para combater o terrorismo internacional. No entanto, desde então, novas revelações indicaram que alguns alvos da espionagem americana não têm relação alguma com terrorismo.

No Brasil, a NSA teria monitorado conversas da presidente Dilma Rousseff, dados sobre a empresa de petróleo Petrobras e comunicações do Ministério das Minas e Energia.

O vice-diretor da NSA disse que a tarefa da agência é "defender os cidadãos".

"O que descobrimos ao longo do tempo é que nossos adversários estão usando exatamente os mesmos sistemas de comunicação, serviços e caminhos dos nossos cidadãos", disse Inglis.

"Mas ao perseguir nossos adversários, também precisamos defender nossos cidadãos. Não podemos colocá-los em risco."

"Além de dizer que eu não sou o 'Big Brother', eu acho que estamos comprometidos com demonstrar que não somos o 'Big Brother'."

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