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Vice-diretor do FBI pede demissão em meio a críticas de Trump, diz fonte

29 jan 2018 - 17h56
(atualizado às 17h59)
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O vice-diretor do FBI, Andrew McCabe, criticado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por suposta parcialidade contra Trump e a favor da candidata democrata da eleição de 2016, Hillary Clinton, pediu demissão como autoridade número 2 da agência, disse nesta segunda-feira uma fonte familiar ao assunto.

Andrew McCabe fala durante evento em Washington
 20/7/2017    REUTERS/Aaron P. Bernstein
Andrew McCabe fala durante evento em Washington 20/7/2017 REUTERS/Aaron P. Bernstein
Foto: Reuters

McCabe deve deixar o FBI em março. Ele irá continuar em licença até sua data de aposentadoria, disse a fonte, falando em condição de anonimato porque um anúncio público ainda não foi feito.

Perguntado sobre a saída de McCabe, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, disse a jornalistas: "Posso dizer que o presidente não fez parte desse processo de tomada de decisão". Sanders também afirmou que Trump continua a ter "plena confiança" no diretor do FBI, Christopher Wray.

McCabe se tornou um alvo de parlamentares republicanos e do presidente republicano por conta da investigação do FBI sobre o uso de Hillary de um servidor particular de emails enquanto trabalhava como secretária de Estado. Nenhuma acusação foi feita contra Hillary.

Diversos comitês parlamentares liderados por republicanos realizaram inquéritos sobre se o FBI administrou mal a investigação sobre Hillary e apresentou parcialidade a favor dela. Democratas disseram que estes inquéritos possuem objetivo de prejudicar e distrair a investigação do procurador especial Robert Mueller sobre suposto conluio da campanha presidencial de 2016 de Trump com a Rússia.

McCabe se tornou um alvo de republicanos em parte porque sua esposa concorreu anteriormente a um assento no Senado estadual da Virgínia e recebeu doações do então governador da Virgínia, Terry McAuliffe, um aliado próximo de Hillary e do ex-presidente Bill Clinton.

Trump usou o Twitter nos meses recentes para criticar McCabe, perguntando como ele pôde estar no comando da investigação sobre Hillary quando sua esposa recebeu doações de "marionetes dos Clinton".

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