Vice-premiê da Itália descarta saída da OMS
Tajani falou sobre iniciativa de legenda liderada por Salvini
O vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, descartou nesta sexta-feira (24) a saída do país da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A declaração é dada após o partido nacionalista Liga, liderado pelo vice-premiê e ministro da Infraestrutura da Itália, Matteo Salvini, protocolar no Senado um projeto de lei para tirar a nação da organização, na esteira da decisão anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
"Sair da OMS não é posição do Força Itália", afirmou o chanceler italiano, à margem da conferência "Derrotar o HIV na África: uma meta possível", promovido pelo programa "Sonho" da Comunidade de Sant'Egidio, em colaboração com o Ministério das Relações Exteriores e Cooperação Internacional.
De acordo com Tajani, "a iniciativa da Liga é legítima", mas tem "uma opinião diferente". "Dito isso, não é que a OMS não tenha cometido erros. Ela também os cometeu durante o caso Covid, mas erros são uma coisa, deixar a OMS é outra", concluiu.
O projeto da Liga, que pediu apoio dos outros partidos da base aliada, o Irmãos da Itália (FdI), da premiê Giorgia Meloni, e o Força Itália (FI), de Tajani, à iniciativa, define a OMS como uma "carroça controlada por Bill Gates" e acusa a entidade de usar um terço do orçamento para "salários de funcionários" e de ter gerido as comunicações durante a pandemia de Covid-19 "de modo esquizofrênico e incompatível com fenômenos tão complexos".
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