Vice-presidente da Libéria admite derrota para ex-jogador Weah em eleição presidencial
O vice-presidente da Libéria, Joseph Boakai, admitiu nesta sexta-feira a derrota no segundo turno da eleição presidencial para o ex-astro de futebol George Weah, facilitando a primeira transferência de poder democrática do país em décadas.
O reconhecimento de Boakai evita o tipo de desafio legal prolongado que se seguiu ao primeiro turno e adiou a etapa final da votação em mais de um mês. Weah sucederá Ellen Johnson Sirleaf na Presidência no mês que vem.
"Embora eu não vá ser o capitão do navio, é meu desejo fervoroso que o navio do Estado sempre navegue suavemente", disse Boakai a cerca de 100 apoiadores na sede de seu partido na capital Monróvia.
"Liguei para George Weah para parabenizá-lo como vencedor da disputa presidencial", disse, falando tranquilamente ao som de aplausos discretos. "Precisamos trabalhar para unir nosso povo porque a Libéria é maior do que todos nós".
Resultados preliminares anunciados na quinta-feira, quando mais de 98 por cento das urnas haviam sido apuradas, mostraram que Weah venceu o segundo turno de terça-feira com 61,5 por cento dos votos.
Mas o ex-jogador de Milan, Paris Saint-Germain e outros dos maiores times europeus enfrentará grandes desafios depois de uma campanha durante a qual apresentou poucas propostas políticas específicas.
Os 12 anos de governo de Johnson Sirleaf consolidaram a paz após o fim da guerra civil de 1989 a 2003 e lhe renderam o Prêmio Nobel da Paz de 2011, mas ela foi criticada por escândalos de corrupção no alto escalão e pela pobreza persistente.