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Vizinhos da Coreia do Norte e Trump comemoram cúpula histórica

27 abr 2018 - 11h24
(atualizado às 14h12)
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Os vizinhos da Coreia do Norte e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, saudaram a histórica cúpula entre as duas Coreais desta sexta-feira, e Pequim e Tóquio incentivaram os dois lados a manterem o impulso que levou a um apaziguamento considerável da tensão na península.

Presidente dos EUA, Donald Trump
24/04/2018
REUTERS/Kevin Lamarque
Presidente dos EUA, Donald Trump 24/04/2018 REUTERS/Kevin Lamarque
Foto: Reuters

Na primeira cúpula entre as Coreias em mais de uma década, o líder norte-coreano, Kim Jong Un, e o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, prometerem trabalhar pela "desnuclearização completa da península coreana".

Os dois lados anunciaram que trabalharão juntamente com os EUA e a China para declarar um fim oficial da Guerra da Coreia de 1950-53 e buscar um acordo para estabelecer uma paz "permanente" e "sólida" em seu lugar.

Em seus primeiro tuítes de Washington, Trump elogiou o encontro, ainda que expressando dúvidas sobre quanto tempo a diplomacia positiva irá durar.

"Coisas boas estão acontecendo, mas só o tempo dirá!", tuitou, acrescentando em outro: "GUERRA DA COREIA VAI ACABAR! Os Estados Unidos, e todo seu GRANDE povo, deveriam estar muito orgulhosos com o que está ocorrendo agora na Coreia!"

A China, principal aliada de Pyongyang e com receio de ser deixada de lado em meio à reaproximação das Coreias rivais e à esperada cúpula entre Trump e Kim, disse estar disposta a continuar desempenhando um papel na solução do impasse de décadas entre as vizinhas de península, decorrente dos programas nuclear e de mísseis da Coreia do Norte.

No mês passado Kim fez uma visita surpresa a Pequim, onde se reuniu com o líder chinês, Xi Jinping.

    A China "espera que todos os lados relevantes consigam manter o impulso do diálogo e trabalhem juntos para promover a desnuclearização da península e o processo de acordo político para a questão da península", disse o Ministério das Relações Exteriores chinês em um comunicado.

"A China está disposta a continuar desempenhando um papel proativo a este respeito", acrescentou.

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, disse ter uma "grande" esperança de que Pyongyang adotará medidas concretas para levar a cabo suas promessas de desnuclearização.

"Ficarei atento à conduta futura da Coreia do Norte", disse Abe aos repórteres.

    Indagado se receia que o Japão seja excluído do processo de desnuclearização, Abe respondeu: "De jeito nenhum. Conversei com o presidente Trump durante mais de 11 horas pouco tempo atrás e chegamos a um acordo completo quanto às nossas ações, esforços e diretrizes básicas."

O Kremlin também saudou a cúpula e disse que o presidente russo, Vladimir Putin, defende há tempos as conversas diretas entre as duas Coreias.

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