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Warren desiste de corrida presidencial dos EUA; Biden e Sanders agravam guerra de palavras

5 mar 2020 - 16h05
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Elizabeth Warren encerrou sua campanha presidencial nesta quinta-feira, curvando-se à realidade de que a disputa pela indicação democrata se tornou uma duelo entre o ex-vice-presidente norte-americano Joe Biden e o senador Bernie Sanders.

Senadora Elizabeth Warren concede entrevista coletiva do lado de fora de casa sobre o fim de sua pré-campanha presidencial
05/03/2020
REUTERS/Brian Snyder
Senadora Elizabeth Warren concede entrevista coletiva do lado de fora de casa sobre o fim de sua pré-campanha presidencial 05/03/2020 REUTERS/Brian Snyder
Foto: Reuters

Warren, senadora liberal que foi elogiada por seu domínio de detalhes de políticas, ficou bem atrás dos dois primeiros colocados na terça-feira em 14 Estados, incluindo em seu próprio Estado de Massachusetts, o que eliminou qualquer chance de uma indicação.

Não ficou claro se Warren, que ainda comanda uma base de seguidores leais, declarará apoio a algum dos rivais, o que poderia dar um impulso a qualquer um deles. Ela tentou se posicionar entre o moderado Biden e o progressista Sanders, embora fosse ideologicamente mais alinhada ao colega de Senado.

Seu relacionamento com Sanders pode ter se tensionado em janeiro, quando ela o acusou de chamá-la de "mentirosa" em rede nacional de televisão depois que Sanders negou ter dito a ela em 2018 que uma mulher não é capaz de derrotar o presidente Donald Trump, um republicano, na eleição de novembro.

Com a desistência de Warren, o que chegou a ser o grupo mais diversificado de pré-candidatos da história dos Estados Unidos agora se resume a uma batalha entre dois homens brancos perto dos 80 anos de idade.

Biden e Sanders intensificaram os ataque mútuos após o desempenho surpreendentemente forte de Biden na Super Terça, uma tendência que se manteve nesta quinta-feira.

A troca de farpas entre os dois sinalizou uma disputa agressiva pela frente. Agora a corrida se volta para seis Estados que vão do Mississippi a Washington, que votam em 10 de março.

Sanders culpou o "establishment" e interesses corporativos por suas derrotas em 10 dos 14 Estados que votaram na terça-feira, uma afirmação que Biden classificou de "ridícula".

"Você foi derrotado pelo apoio esmagador que eu tenho da comunidade afro-americana, Bernie", disse Biden no programa "Today", da rede NBC, nesta quinta-feira. "Você foi derrotado por causa das mulheres suburbanas, Bernie. "Você foi derrotado por causa do povo trabalhador de classe média, Bernie".

Biden teve mais apoio de eleitores negros e mulheres, particularmente em subúrbios, mostraram pesquisas de boca de urna. Estes dois grupos representam uma parte substancial do eleitorado democrata e receberam crédito por garantir as grandes vitórias do partido nas eleições parlamentares de meio de mandato de 2018.

Além de Mississippi e Washington, Michigan, Missouri e Idaho também votam na terça-feira que vem, e Dakota do Norte terá um caucus.

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