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Xi diz que China apoiará a Rússia na defesa de interesses

Vladimir Putin foi recebido pelo presidente chinês em Pequim, durante a abertura do Jogos Olímpicos de Inverno

4 fev 2022 - 09h46
(atualizado às 10h00)
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Putin e Xi Jinping durante encontro em Pequim
Putin e Xi Jinping durante encontro em Pequim
Foto: Reuters

O presidente da China, Xi Jinping, recebeu nesta sexta-feira, 4, seu homólogo russo, Vladimir Putin, e ambos ressaltaram a união, a relação de qualidade "sem precedentes" entre os dois países e a defesa mútua de interesses. O russo foi o primeiro líder internacional recebido pelo chinês em mais de dois anos da pandemia de covid-19 e o encontro ocorreu porque o chefe do Kremlin foi à China para participar da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim.

Xi Jinping afirmou que a relação entre os dois países é ampla e que ambos defenderão "firmemente" os interesses centrais e aprofundarão a estratégia mútua de defesa. "Nossa cooperação é inabalável no presente e no futuro", pontuou ainda.

"No que tange as nossas relações bilaterais, elas progrediram em um espírito de amizade e de parcerias estratégicas. Elas estão com um caráter verdadeiramente sem precedentes", disse Putin à mídia russa.

Os dois líderes ainda firmaram um acordo que denuncia a influência "negativa e desestabilizadora" dos Estados Unidos na Europa e na Ásia e se opõem veementemente com a ampliação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no continente europeu.

A fala ocorre no momento em que há grande tensão entre russos e ocidentais por temores desses últimos de que Moscou ordene uma invasão ao território da Ucrânia. Enquanto Putin afirma que o deslocamento de mais de 100 mil soldados para as áreas fronteiriças é apenas por "segurança e defesa", os norte-americanos - como nações da União Europeia e o Reino Unido - acusam o Kremlin de ter um plano para invadir o país vizinho "a qualquer momento".

Além disso, a declaração também afeta a China que vê Washington querendo ampliar cada vez mais sua influência na região indo-pacífica - que sempre foi área de influência chinesa.

O apoio dado a Taiwan e o acordo Aukus - entre norte-americanos, britânicos e australianos - gerou duras críticas de Pequim.

Exportação de gás natural

Os dois presidentes ainda firmaram um novo acordo para fornecimento de gás natural russo para os chineses. "As nossas companhias petrolíferas preparam novas soluções muito boas para o fornecimento de combustíveis para a China, e também a indústria de gás deu um passo adiante: me refiro ao novo contrato de fornecimento de gás na China do extremo oriente russo de 10 bilhões de metros cúbicos", disse Putin.

Putin e Xi sempre foram próximos no cenário internacional, mas essa aproximação aumentou nos últimos anos por conta da piora nas relações políticas entre os dois países e os EUA.

Ansa - Brasil
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