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Xi Jinping discutirá guerra na Ucrânia e investimentos em última parada de viagem à Europa

9 mai 2024 - 09h00
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Soldados húngaros a cavalo se juntaram ao presidente Tamás Sulyok nesta quinta-feira para dar as boas-vindas ao líder chinês Xi Jinping no Castelo de Buda, em Budapeste, na terceira e última parada da primeira viagem à Europa de Xi em cinco anos.

A Hungria, sob o comando do primeiro-ministro nacionalista Viktor Orbán, tem se tornado um importante parceiro comercial e de investimentos da China, em contraste com outros países da União Europeia que estão considerando reduzir sua dependência em relação à segunda maior economia do mundo.

Xi chegou a Budapeste na quarta-feira, após visitar a França e a Sérvia. Em Paris, o presidente francês Emmanuel Macron e a chefe da Comissão da UE, Ursula von der Leyen, o pressionaram a garantir um comércio mais equilibrado com a Europa e usar sua influência sobre a Rússia para acabar com a guerra na Ucrânia.

Xi "tem desenvolvido amizades profundas" com políticos húngaros e a Hungria é "o alvo número um na região do centro-leste europeu para investimentos chineses", escreveu Xi no jornal húngaro Magyar Nemzet na quarta-feira.

Xi encontrá Orbán ainda nesta quinta-feira, com a guerra na Ucrânia e projetos de infraestrutura no topo da agenda.

A Hungria e a China, que comemoram seu 75º ano de relações diplomáticas, também devem assinar de 16 a 18 novos acordos de cooperação, um dos quais pode ser um projeto de infraestrutura de grande escala dentro do enorme projeto chinês da Nova Rota da Seda, disse o ministro das Relações Exteriores húngaro, Peter Szijjártó, nesta semana.

Veículos de imprensa informaram que Xi e Orbán podem viajar para a cidade de Pecs, no sul do país, para anunciar que a chinesa Great Wall Motor construirá uma fábrica e produzirá veículos elétricos no local.

Szijjártó negou que os dois líderes viajariam para Pecs em uma declaração na segunda-feira, mas disse que "havia negociações em andamento com grandes empresas chinesas sobre novos investimentos". O governo não respondeu a um pedido de comentário sobre as reportagens da imprensa.

Orbán começou a aproximar seu país de Pequim depois que chegou ao poder em 2010. As relações políticas calorosas se transformaram em investimentos cerca de uma década depois, quando os fabricantes de baterias e veículos elétricos começaram a levar sua produção para a Hungria.

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