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Yanukovych diz a enviados da UE que pode antecipar eleições na Ucrânia

Mais cedo, os chanceleres da União Europeia concordaram em impor sanções contra a Ucrânia

20 fev 2014 - 16h24
(atualizado às 21h01)
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Manifestantes antigoverno empurram carrinho com sacolas cheias de pedras para construer barricadas no centro de Kiev
Manifestantes antigoverno empurram carrinho com sacolas cheias de pedras para construer barricadas no centro de Kiev
Foto: Reuters

O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, anunciou nesta quinta-feira, 20, que os ministros da União Europeia (UE) obtiveram sinal verde do presidente ucraniano Viktor Yanukovytch para a realização de eleições presidenciais e legislativas antecipadas em 2014.

"Foi acordado com Yanukovytch que eleições presidenciais e parlamentares ocorreriam neste ano e que um governo de unificação nacional seria criado nos próximos 10 dias", disse Tusk à imprensa.

Sanções

Mais cedo, os chanceleres da União Europeia concordaram em impor sanções contra a Ucrânia, incluindo a proibição de vistos, congelamento de bens e restrições sobre a exportação de equipamentos antimotim, disseram ministros e autoridades.

As restrições, que serão transformadas em lei nos próximos dias, serão aplicadas a todos os considerados responsáveis por ordenar ou promover a violência em Kiev, que deixou cerca de 60 mortos. As propostas para a proibição de exportação de armas foram derrubadas.

"A UE decide como questão de urgência o congelamento de bens e a proibição de vistos aos responsáveis pela violência e emprego da força excessiva em Kiev", disse o ministro das Relações Exteriores sueco, Carl Bildt, em mensagem no Twitter.

Obama, Merkel e Putin entram em cena

O presidente do EUA, Barack Obama, e a chefe do governo alemão, Angela Merkel, conversaram por telefone nesta quinta-feira, para discutir a escalada de violência que matou dezenas na Ucrânia e solicitaram sanções pela União Europeia (UE).

“Eles concordaram ser essencial que Estados Unidos, Alemanha e a EU continuem em sintonia nos próximos dias para que juntos possamos ajudar a encerrar a violência e a encontrar uma solução política que seja do interesse da população ucraniana”, declarou a Casa Branca.

O presidente russo, Vladimir Putin, conversou nesta quinta-feira por telefone com a chanceler alemã, Angela Merkel, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron, e todos expressaram "extrema preocupação" com a violência letal na Ucrânia, informou o Kremlin.

"Vladimir Putin ressaltou a importância crucial de um fim imediato do derramamento de sangue, a necessidade de tomar medidas urgentes para estabilizar a situação e reprimir extremistas e ataques terroristas", afirmou o Kremlin em um comunicado em seu site.

Protestos sangrentos

Novos confrontos ocorreram em Kiev nesta quinta-feira, quebrando a trégua declarada por Yanukovich, ao mesmo tempo que o presidente apoiado pela Rússia se reuniu com ministros europeus que pediram um acordo com os opositores pró-União Europeia (UE).

Um fotógrafo da Reuters viu corpos de mais de 20 civis mortos na Praça da Independência, a algumas centenas de metros de onde o presidente se encontrou com os representantes da UE, depois que manifestantes que ocupam a praça há quase três meses jogaram coquetéis molotov e pedras para expulsar a polícia de choque do local.

O Departamento de Saúde da cidade Kiev disse que 67 pessoas foram mortas desde terça, o que significa que ao menos 39 pessoas morreram nos confrontos desta quinta.

O ministro interino do Interior, Vitaly Zakharschenko, afirmou que a polícia está equipada com armas de combate e as usaria "de acordo com a lei" para se defender, defender outras pessoas e libertar reféns. O ministério afirmou que os manifestantes mantêm 67 policiais como reféns.

Com informações da AFP e Reuters.

Fonte: Terra
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