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Zelenskiy cobra União Europeia: "Prove que está conosco"

Cobrança do chefe de estado foi bem recebida; país se uniu ao bloco econômico recentemente

1 mar 2022 - 11h34
(atualizado às 11h54)
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Zelensky, presidente da Ucrânia, cobra apoio da União Europeia
Zelensky, presidente da Ucrânia, cobra apoio da União Europeia
Foto: Agência Reuters

O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy cobrou nesta terça-feira, 01, numa ligação por vídeo para uma sessão de emergência do Parlamento Europeu que a União Europeia "prove que está conosco" na guerra da Ucrânia contra a Rússia, um dia depois de Kiev pedir oficialmente para se juntar ao bloco.

Parlamentares da União Europeia, muitos usando camisetas #StandWithUkraine [Apoie a Ucrânia] com a bandeira ucraniana, outros com cachecóis ou laços azuis e amarelos, aplaudiram Zelesnkiy de pé.

"Estamos lutando para sermos membros igualitários da Europa", disse Zelenskiy em ucraniano num discurso traduzido para inglês por um intérprete que chorava.

"Provem que estão conosco. Provem que não nos deixarão ir. Provem que são realmente europeus, e então a vida vencerá a morte, e a luz vencerá a escuridão", disse. "A UE será muito mais forte conosco".

Zelenskiy permaneceu em Kiev para organizar o seu povo contra a invasão. Enquanto falava nesta terça-feira, uma coluna blindada da Rússia se aproximava da capital da Ucrânia.

Os presidentes de oito nações da Europa central e oriental publicaram na segunda-feira uma carta aberta pedindo que a Ucrânia receba status imediato de candidata à UE e comece as discussões formais para se tornar integrante.

Mas a Ucrânia está plenamente ciente de que qualquer processo de adesão será longo e difícil, mesmo se conseguir, após a guerra, evitar cair novamente sob o domínio de Moscou.

Charles Michel, o presidente dos líderes da UE, disse ao parlamento europeu, depois do discurso de Zelenskiy, que o bloco teria que analisar seriamente o pedido de adesão "legítimo" da Ucrânia.

Mas ele acrescentou: "Será difícil, sabemos que há opiniões diferentes na Europa (sobre expandir ainda mais)".

Segundo um rascunho que será votado ainda nesta terça-feira, parlamentares da UE devem classificar a Rússia como um "Estado dissidente" e pedir que estados-membros concordem com sanções mais rígidas.

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