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Zelensky cobra UE por envio de mais munições para Ucrânia

Segundo presidente, fornecimento feito pelo bloco 'é humilhante'

21 mar 2024 - 14h54
(atualizado às 15h09)
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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, cobrou nesta quinta-feira (21) a União Europeia para fornecer mais munições para seus soldados que lutam na guerra contra a Rússia desde fevereiro de 2022.

Em discurso online no Conselho Europeu, o líder ucraniano afirmou que "a munição é uma questão vital" e agradeceu pela "criação do Fundo de Assistência à Ucrânia, que prevê 5 bilhões de euros, e pelo apoio à iniciativa da República Tcheca". "Tudo isto vai nos ajudar".

No entanto, ele enfatizou que "infelizmente, a utilização de artilharia na linha da frente pelos nossos soldados é humilhante para a Europa, no sentido de que a Europa pode fornecer mais". "É crucial demonstrar isso agora", destacou ele.

A cobrança é feita após as forças russas dispararem mais de 30 mísseis contra Kiev na madrugada desta quinta-feira (21), horas antes da reunião de líderes da União Europeia para discutir maneiras de auxiliar a Ucrânia na guerra contra Moscou.

Zelensky aproveitou sua intervenção para questionar que "o acesso russo ao mercado agrícola europeu ainda está livre".

"Enquanto os grãos ucranianos são jogados nas estradas ou ferrovias, os produtos russos ainda não são transportados para a Europa, também como mercadorias provenientes de Belarus controlada por Putin", acrescentou.

Para o presidente da Ucrânia, isto "não é justo" e, "é ainda mais injusto quando alguém tenta desmantelar soluções comerciais que estão em vigor há anos e que funcionam para a força de toda a Europa".

Segundo ele, "tentativas de separatismo comercial no interior da Europa enfraquece todo o continente".

Além disso, Zelensky disse que o modelo do presidente russo, Vladimir Putin, "deve perder nesta guerra contra a Ucrânia".

"Esta é a guerra da Rússia não só contra a Ucrânia, mas contra todos nós, mesmo contra os seus países, contra toda a Europa e o modo de vida europeu. Putin está tentando exportar um sistema oposto ao europeu", garantiu.

Por fim, ressaltou que no sistema russo, "os seres humanos não contam de forma alguma" e "os direitos humanos, a dignidade de todas as comunidades na sociedade, a igualdade dos povos: tudo isso não existe no sistema de Putin".

"Ele armou seu sistema. Ele colocou todos os recursos da Rússia a seu serviço. E a jogou na guerra. E ele deve perder. É uma questão de vida ou morte para tudo o que é precioso para nós na Europa. Em nenhum lugar a violência e a degradação devem prevalecer", concluiu. .

Ansa - Brasil
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