Neurociência cognitiva tem tido resultados incríveis no aprendizado de outras línguas como o inglês
A Neurociência Cognitiva estuda a memória, os pensamentos e as formas de aprendizado. Neste processo de aquisição de conhecimentos está envolvido todo o sistema sensorial, que é um dos principais responsáveis por captar todas as informações do ambiente e levá-las ao cérebro.
Assim, neste nível cognitivo, a Neurociência vai além, e em seus estudos extrapola a abordagem do cérebro sob a ótica apenas do sistema nervoso. Deste modo, as experiências sensoriais que acumulamos ao longo da vida dão subsídio para que o sistema nervoso central processe as informações e as transforme em conhecimentos.
A Ciência da aprendizagem e da educação
O que nos faz aprender menos e mais? Como o cérebro processa e condensa as informações? Como este processamento reflete no aprendizado na escola, no trabalho e na vida de modo geral? A partir destas e de outras questões é possível entender o modo como cada indivíduo processa as informações que recebe do ambiente externo e, com isso, definir assertivamente as melhores estratégias no que tange o ensino individual e coletivo.
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A Neurociência Cognitiva está ajudando pessoas no mundo todo a aprender novas línguas, especialmente o inglês através de metodologias que forçam o cérebro a entender e memorizar palavras através de exercícios simples.
Um dos exercícios que tem facilitado muito o aprendizado é a autoconversação, consiste em conversar com você mesmo sobre o seu dia mas com uma diferença dos seus pensamentos estarem em inglês, fazendo com que você construa frases inteiras e esteja sempre entendendo o contexto.
Outra técnica interessante são as atividades físicas que relacionam as palavras a ações e fazem ativar o tato e a visão como fatores impulsionadores da sua memória.
Demandas de Aprendizagem de Inglês no Brasil, elaborado com exclusividade para o British Council
pelo Instituto de Pesquisa Data Popular.
Prática deliberada
Embora seja muito usada na aprendizagem de música e nos esportes, a prática deliberada é uma forte aliada para desenvolver habilidades cognitivas. Ela consiste é, claro, em prática! Mas, uma prática estruturada para melhorar o seu desempenho. É importante ter em mente que não se trata de uma atividade divertida, ou da mera repetição de algo que você já sabe (como ler no mesmo ritmo de sempre, ou dirigir um carro); a prática deliberada deve ser voltada a desafiar os seus pontos fracos, o que exige muito esforço intelectual. Portanto, se você estiver no "piloto automático", NÃO está fazendo prática deliberada.
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Esta técnica é eficaz porque permite reorganizar o conhecimento, recuperar informações com mais rapidez, melhorar a capacidade de abstração e tornar o pensamento mais preciso. Para ter sucesso com a prática deliberada é preciso abrir mão de recompensas imediatas. Alguns pontos fundamentais são:
Atenção ao feedback imediato (o som de um acorde musical complicado, a quantidade de palavras lidas em um minuto, etc.); repetição (antes de começar, estabeleça uma meta desafiadora, mas atingível e só pare quando atingi-la; depois, repita o processo); e registro (mantenha um diário ou arquivo com os dados de cada sessão para acompanhar a evolução do seu desempenho).
Pesquisa da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP mostra interfaces entre as descobertas científicas sobre o funcionamento do cérebro, o processo de aprendizagem na escola e a promoção de saúde. O estudo da educadora Neuza Mainardi aponta que um estímulo adequado do professor pode fazer o aluno se empenhar mais para aprender, de modo a aumentar sua autoestima. Isso o torna mais ativo no dia a dia, o que melhora sua qualidade de vida e, em consequência, a sua saúde.
O avanço representa muito para vários setores da economia e das escolas de inglês que agora poderão reduzir o tempo de estudos e formar mais pessoas ao longo do tempo, beneficiando a todos.
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