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Nível de pobreza atinge 55% dos argentinos, diz pesquisa

Segundo Agustín Salvia, diretor do ODSA-UCA, a medida alcançada "teria chegado ao seu teto e teríamos passado pelo pior, a partir de uma recuperação parcial dos rendimentos"

20 mai 2024 - 20h30
(atualizado às 21h34)
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O nível de pobreza dos habitantes argentinos chegou a 55% e a indigência a 18% da população durante o primeiro trimestre de 2024, de acordo com estimativas do Observatório da Dívida Social Argentina da Universidade Católica Argentina (ODSA-UCA).

Indigentes atingiram a marca de 18%
Indigentes atingiram a marca de 18%
Foto: Cedoc Perfil / Perfil Brasil

Segundo Agustín Salvia, diretor do ODSA-UCA, o nível de pobreza alcançado "teria chegado ao seu teto e teríamos passado pelo pior, a partir de uma recuperação parcial dos rendimentos".

"Assim, não teríamos alcançado os níveis mais graves, que são os que se atingiram em 2002, quando a pobreza subiu para mais de 60%", destacou Salvia, em declarações à rádio Rivadavia.

"A indigência subiu para acima de 18% no primeiro trimestre, quase o dobro do que há um ano. Isso é resultado da inflação e do deterioro dos empregos informais", enfatizou Salvia.

E acrescentou: "Isso se relaciona com o fato de que 50% do emprego é informal, algo que se acumulou durante 20 anos sob um regime que não impulsionou investimentos e emprego genuíno".

Pobreza estrutural

Nesse contexto, Salvia advertiu que "há muito tempo, na Argentina, existe um segmento de pobreza crônica, estrutural, que não se mede por rendimentos, mas por educação, saúde, habitação e serviços urbanos".

"Mesmo que a inflação diminua, continuaremos com a pobreza crônica porque boa parte dos empregos são de muito baixa qualidade", concluiu.

Ministério da Economia registra superávit

O Ministério da Economia da Argentina informou que em abril foi alcançado um superávit financeiro pelo quarto mês consecutivo.

Em comunicado, a pasta liderada por Luis Caputo informou que o Setor Público Nacional (SPN) registrou um lucro de 17,409 bilhões de pesos (cerca de R$ 100 milhões), resultado de um superávit primário de $ 264,952 bilhões (R$ 153 milhões) e juros da dívida pública líquidos de pagamentos intra-setor público, totalizando $ 247,543 bilhões (R$ 143 milhões).

"O SPN registrou quatro meses consecutivos de excedente financeiro pela primeira vez desde 2008, acumulando um superávit após juros equivalente a aproximadamente 0,2% do PIB no primeiro quadrimestre de 2024 (superávit primário de aproximadamente 0,7% do PIB). Dessa forma, continua-se consolidando a âncora fiscal do programa de governo", explicaram.

*Leia a matéria completa (em espanhol) em Perfil.com

Perfil Brasil
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