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No Flow, Bolsonaro volta a defender compras de Viagra e próteses penianas para o Exército

Em entrevista ao Flow podcast, presidente diz que aquisições investigadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) atenderam poucas pessoas: "Só 20 ou 30?

9 ago 2022 - 10h23
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a defender que o Exército possa comprar Viagra e próteses penianas com dinheiro público. "Se o elemento quebrou o instrumento dele, o cara tem direito a tratamento", afirmou o presidente. E elas atenderam só 20 ou 30 pessoas, complementou. "Quer dizer que no Exército só tem 20 brochas, pô?"

Em abril, o Tribunal de Contas da União (TCU) abriu uma investigação sobre a compra de 60 próteses penianas infláveis pelo Exército por R$ 3,4 milhões após a aquisição ser aprovada pelo Ministério da Defesa. A declaração de Bolsonaro foi feita durante entrevista nesta segunda-feira, 8.

Sobre os comprimidos de Viagra, Bolsonaro também afirmou que a quantidade adquirida pelo Exército - ele mencionou 300 mil - foi proporcionalmente pequena e que o remédio é usado para além da disfunção erétil, no tratamento de outras questões que envolvam vasodilatação.

Bolsonaro disse que militares têm direito a tratamento de disfunção erétil e que próteses penianas são pagas com fundo de saúde financiado pelos próprios servidores do Exército Foto: Isac Nobrega / PR

Bolsonaro ainda defendeu a compra de leite condensado pelas Forças Armadas, outra aquisição questionada durante seu mandato, e repetiu a tese de que o produto serve para 'dar energia' a militares. "Eu usei quando eu tava no campo lá em 2004, porque é uma bomba calórica, né?", disse.

Em 2020, o governo federal gastou cerca de R$ 15,6 milhões com leite condensado. Os dados estão no painel de compras do governo, ligado ao Ministério da Economia, e foram apresentados em reportagem publicada pelo portal Metrópoles.

O Ministério da Defesa é o órgão que mais comprou leite condensado no ano. A despesa despertou uma série de críticas nas redes sociais e cobrança de explicações por parte de integrantes da oposição.

Estadão
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