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No STF, Bolsonaro acompanha julgamento por tentativa de golpe: 'faz questão de enfrentar a acusação absurda', diz defesa

25 mar 2025 - 10h23
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Com discrição, Jair Bolsonaro (PL) chegou ao Supremo Tribunal Federal por volta das 9h25 desta terça-feira (25). O ex-presidente decidiu acompanhar pessoalmente o julgamento que pode transformá-lo em réu por tentativa de golpe de Estado, conforme informou seu advogado, Paulo Cunha Bueno ao blog da Andréia Sadi.

O ex
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Foto: presidente Jair Bolsonaro - Reprodução / Perfil Brasil

Segundo ele, "O [ex-]Presidente Bolsonaro faz questão de enfrentar a acusação injusta e absurda que hoje a Procuradoria Geral da República faz contra ele , comparecendo pessoalmente aos atos do processo, manifestando, sempre, sua indignação e repúdio às imputações mentirosas contra as quais hoje tem sido obrigado a se defender."

A sessão da Primeira Turma do STF começou nesta manhã para analisar se aceita ou não a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República. A acusação envolve Bolsonaro e outros sete nomes considerados integrantes do "núcleo crucial" da suposta tentativa de golpe em 2022.

Denúncia contra Bolsonaro envolve generais e ex-ministros

Entre os denunciados estão os generais Augusto Heleno e Braga Netto, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres. O grupo responde por cinco crimes, entre eles golpe de Estado, associação criminosa e deterioração de patrimônio tombado.

Caso a denúncia seja acolhida, Bolsonaro será o primeiro ex-presidente da República a se tornar réu por tentativa de golpe de Estado e por atentar contra o Estado Democrático de Direito.

O julgamento está nas mãos da 1ª Turma do STF, composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Luiz Fux, Flávio Dino e Cármen Lúcia. O relator do caso é Moraes.

Se os ministros rejeitarem a acusação, o processo será arquivado.

Tentativas de afastar ministros são rejeitadas

A defesa do ex-presidente e de outros investigados apresentou pedidos para afastar Moraes, Dino e Zanin do julgamento. Alegaram suspeição dos magistrados.

Os recursos foram analisados em plenário virtual. Zanin foi mantido por unanimidade, com dez votos a favor. Moraes e Dino também permaneceram, com nove votos a favor e um contrário, do ministro André Mendonça.

Além dos pedidos de afastamento, o STF também rejeitou recursos de Braga Netto e Mário Fernandes, ambos alvos da mesma investigação.

Perfil Brasil
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