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Nódulo no pescoço: biópsia aspirativa é fundamental para diagnóstico conclusivo

26 jul 2017 - 14h59
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De repente a pessoa se dá conta de um caroço no pescoço que vem incomodando há dias. A pior reação é negligenciar esse fato, acreditando que o nódulo desaparecerá sem que se faça nada. Outra reação quase tão ruim quanto a primeira é se desesperar, sentenciando um câncer por conta própria. Consultar um médico o mais rapidamente possível e fazer os exames solicitados, então, é a conduta mais acertada. Afinal, um nódulo no pescoço pode estar relacionado a vários problemas de saúde.

Foto: DINO

De acordo com o médico ultrassonografista Leonardo Piber, do CDB Medicina Diagnóstica, em São Paulo, todo e qualquer nódulo palpável no pescoço deve ser investigado - começando por um exame clínico e ultrassonografia. Muitas são as causas de nódulo no pescoço, como inflamações, infecções, feridas ou câncer, que podem levar um gânglio ou um grupo de gânglios linfáticos dessa área a aumentar de tamanho. Daí a necessidade de fazer uma biópsia aspirativa.

"Também chamada de 'punção aspirativa por agulha fina' (PAAF), a biópsia aspirativa é indicada para diagnóstico de diferentes doenças em qualquer massa visualizável ou palpável. É uma técnica que usa uma agulha fina para aspirar células de nódulos ou lesões em diversos órgãos e tecidos, dispensando anestesia ou qualquer preparo prévio na maioria dos casos. Às vezes, só anestesia local é necessária. Este exame é muito bem tolerado, rápido, pouco invasivo, com o mínimo de dor. Muitos pacientes chegam ansiosos no dia da biópsia, mas saem reconhecendo que a ansiedade foi desnecessária", diz Piber.

O médico explica que, antes da punção, localiza o nódulo com o auxílio de um ultrassom, a fim de aumentar a precisão do exame. Em seguida, a agulha (que se assemelha àquelas usadas na coleta de sangue) aspira uma pequena quantidade de material para a biópsia propriamente dita. Essa técnica permite a obtenção de resultados rápidos - o que contribui consideravelmente para se chegar a um diagnóstico acertado e iniciar o tratamento. Quando o nódulo está localizado na região cervical, do pescoço, pode determinar várias condições.

Dependendo da região do pescoço em que está o nódulo, existe a correspondência com determinadas doenças. "Cada cadeia de gânglios drena uma região. Sendo assim, é importante averiguar se o nódulo está presente nos dois lados ou em apenas um. Infecções agudas geralmente se manifestam com aumento de linfonodos cervicais. Toxoplasmose, mononucleose, citomegalovirose, rubéola e AIDS, entre outras doenças, podem causar esse quadro. Vários linfonodos aumentados e endurecidos geralmente acompanham amidalites e faringites bacterianas. Até mesmo a tuberculose pode estar relacionada com os linfonodos cervicais".

Piber afirma que os nódulos no pescoço também podem estar associados a tumores malignos e metástases - mas, neste caso, é importante reunir mais dados como idade do paciente, hábitos alimentares, tabagismo e etilismo, além de prosseguir com outros exames complementares. "Geralmente, no momento do exame físico já é possível determinar a correlação do nódulo com determinadas doenças. Por exemplo, neoplasias da glândula salivar costumam ser evidenciadas através de nódulos submandibulares. Um nódulo na base do pescoço indica maiores chances de ser consequência de um tumor primário localizado abaixo das clavículas, principalmente câncer de pulmão, mama ou estômago. Normalmente, a partir da localização do linfonodo acometido, emprega-se a divisão das cadeias linfáticas em níveis cervicais, sendo que vários outros tipos de câncer podem estar associados, como tireoide e linfoma".

Na opinião do médico, pessoas com história pregressa e/ou familiar de algum tumor de pescoço devem se submeter a exames ultrassonográficos periodicamente - já que eles podem evidenciar nódulos não palpáveis, mas que devem ser investigados através da punção aspirativa.

Fonte: Dr. Leonardo Piber, médico ultrassonografista do CDB Medicina Diagnóstica - www.cdb.com.br

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