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'Nunca debati golpe com ninguém', afirma Jair Bolsonaro

26 nov 2024 - 08h17
(atualizado às 08h20)
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Indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro, disse que nunca debateu golpe com ninguém. Ele falou com a imprensa no aeroporto de Brasília (DF), nesta segunda-feira (25) à noite, vindo de um voo de Maceió (AL).

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Foto: presidente Jair Bolsonaro nega participação em conversas sobre um golpe de Estado - Valter Campanato/Agência Brasil / Perfil Brasil

A PF enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF), neste último fim de semana, o indiciamento de 37 pessoas, dentre elas, Bolsonaro, por crimes de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa; as informações são do portal g1.

'Loucura' diz Bolsonaro sobre alegação de tramar golpe

O ex-presidente Bolsonaro continua expressando descrença e surpresa diante das acusações, rotulando-as como "loucura". Ele afirma que nunca participou de discussões relacionadas a golpes e que, caso tal possibilidade surgisse, seria prontamente questionada por suas consequências impraticáveis para o país.

A reiterada defesa de suas ações reafirma um posicionamento de distanciamento em relação a quaisquer ações golpistas sugeridas.

A resposta do ex-presidente frente às investigações tem sido consistente em negar qualquer ligação com esforços não constitucionais. Ele se descreveu como um defensor do cumprimento da Constituição e alegou que quaisquer medidas consideradas durante seu mandato foram sempre dentro das "quatro linhas" da Carta Magna.

No foco das investigações são alegadas tramas golpistas que teriam ameaçado a estabilidade democrática do Brasil após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições presidenciais de outubro de 2022. Apesar das alegações, Bolsonaro tem negado veementemente qualquer envolvimento em planos desse tipo.

Impacto do indiciamento para Jair Bolsonaro

O indiciamento por parte da Polícia Federal não implica diretamente numa condenação e deve ser entendido dentro de um processo legal mais amplo. No entanto, este é um passo significativo em um longo procedimento judicial que pode vir a ter implicações para o ex-presidente e outros envolvidos. Entre os indiciados encontram-se ex-ministros e 25 militares, o que sublinha a gravidade do caso.

Bolsonaro sugeriu que a ideia de um golpe não apenas seria inviável, mas também catastrófica em termos de relações internacionais e políticas internas. Ele questionou a lógica de tal ação, ressaltando que o Brasil enfrentaria severas barreiras diplomáticas e financeiras em um cenário pós-golpe.

Como ficam as relações internacionais do Brasil nesta conjuntura?

Bolsonaro reiterou que tais ações, se de fato fossem consideradas por ele, comprometeriam irreparavelmente a posição do Brasil no mundo, evidenciando um "inferno diplomático" que não seria desejável nem concebível. De acordo com suas declarações, perpetuar uma crise dessa magnitude está fora de qualquer cogitação lógica.

Perfil Brasil
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