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'Nunca estivemos tão bem com Câmara e Senado', diz Bolsonaro

Declaração foi feita durante live semanal do presidente. Planalto vai apoiar o deputado Arthur Lira para a sucessão de Rodrigo Maia; sobre demissão de Álvaro Antônio, presidente diz que houve 'problema de excesso'

10 dez 2020 - 20h36
(atualizado às 21h27)
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BRASÍLIA - O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira, 10, que nunca esteve tão boa a relação do governo com a Câmara e com o Senado. A afirmação, feita durante a transmissão ao vivo que faz semanalmente, surge no contexto de críticas por apoiar nomes do Centrão nas eleições internas do Congresso.

Durante live, Bolsonaro garantiu haver boa relação do Planalto com a Câmara e o Senado. 
Durante live, Bolsonaro garantiu haver boa relação do Planalto com a Câmara e o Senado.
Foto: Reprodução/Facebook / Estadão

"Nunca estivemos tão bem com a Câmara e com o Senado. Estamos harmônicos, e isso incomoda as pessoas. Quando, lá atrás, eu não conversava, diziam que eu era truculento e não dialogava. Quando comecei a conversar, começaram a criticar porque estou conversando com o pessoal", afirmou.

O candidato à presidência da Câmara apoiado pelo Palácio do Planalto é o deputado Arthur Lira (Progressistas-AL). Líder do Centrão, ele é réu por corrupção passiva, em processo que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).

Além disso, Lira foi acusado de liderar um esquema de "rachadinha" entre 2001 e 2017, quando era deputado estadual em Alagoas. Após o caso ser revelado pelo Estadão, o juiz Carlos Henrique Pita Duarte, da 3ª Vara Criminal de Maceió, invalidou as provas e absolveu o parlamentar sem analisar o mérito das acusações de peculato e lavagem de dinheiro.

Na transmissão, o presidente não citou nomes dos seus favoritos para as eleições internas do Congresso. Previstas para fevereiro, as eleições para comando da Câmara e do Senado são as principais disputas políticas de 2021. Bolsonaro desconversou sobre o papel do governo nas articulações dizendo não ter influência nas Casas.

Ao minimizar polêmicas por endossar a ascensão de legendas do Centrão, Bolsonaro reclamou de quem fica "satanizando" partidos e, citando o próprio histórico, disse que mudava de uma sigla para a outra com o intuito apenas de se reeleger. "Isso é interesse meu. Se eu via que era mais fácil se reeleger em outro partido do que nesse, por que vou morrer nesse partido aqui com tantos votos?", disse.

Demissão de Álvaro Antônio

Ao lado de Gilson Machado, no ministro do Turismo, Bolsonaro disse que Álvaro Antônio fez um bom trabalho na pasta, mas houve "problema de excesso". "Ele continua amigo nosso, o que nós pudermos ajudá-lo, nós ajudaremos. Obviamente essa ajuda tem uma contrapartida de ele nos ajudar também em cima dos conhecimentos que ele tem", disse o presidente na live.

O presidente afirmou ainda que Machado não será um ministro temporário e negou que negociará a pasta com o Centrão.

Estadão
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