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O glutamato monossódico - MSG tem sido tratado de modo justo?

25 jan 2018 - 13h39
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Feito de cobras?

Foto: DINO

A Ajinomoto Co., Inc. está no mercado há mais de 100 anos. Em 1908, quando o Professor Kikunae Ikeda, da Tokyo Imperial University, patenteou o processo de obtenção do glutamato monossódico (MSG) a partir da farinha, muitas novidades aconteceram: uma mensagem de rádio de longa distância foi enviada desde a Torre Eiffel; Nova York aprovou uma regulamentação tornando ilegal que mulheres fumassem em público; os Estados Unidos adicionaram a 46ª estrela à sua bandeira para o estado de Oklahoma; o Dia das Mães foi comemorado pela primeira vez; a empresa de Henry Ford construiu o primeiro carro Modelo T; e Orville Wright realizou o primeiro voo de avião com duração de uma hora.

Menos de dez anos após o início das vendas do tempero umami AJI-NO-MOTO® no Japão, a Ajinomoto Co. enfrentou sua primeira crise de imagem. Foi iniciado um forte boato sobre o produto - dizia que era feito de cobras. Como em geral acontece com boatos, a história se espalhou rapidamente no Japão. Obviamente, o AJI-NO-MOTO® não era, nem nunca foi, feito de cobras. Na época, era feito de trigo. Mas o falso boato apresentou à Ajinomoto Co. um grande desafio.

Como convencer o público da verdade sobre o produto? Anúncios na televisão não eram possíveis, já que a primeira TV japonesa só seria fabricada mais de 30 anos depois. O rádio também ainda não era uma opção. Assim, Ajinomoto Co. publicou um anúncio no jornal negando a acusação, e até mesmo realizou degustações públicas e contratou artistas, conhecidos como "chindon-ya", para promover a imagem do produto no país.

Síndrome do Restaurante Chinês

Essa não foi a última vez que a Ajinomoto Co. teve que se defender contra boatos sem fundamento científico. Em 4 de abril de 1968, o Dr. H.M. Kwok escreveu uma carta ao editor do prestigiado New England Journal of Medicine descrevendo uma "estranha síndrome" que vivenciou após comer em restaurantes chineses. Relatou sintomas como dormência, fraqueza e palpitações, e especulou sobre as várias causas possíveis, incluindo o molho de soja, o vinho de cozinha, o alto teor de sódio e, como você pode imaginar, o MSG. Ele concluiu sugerindo a realização de uma investigação científica sobre o fenômeno e se ofereceu para ajudar.

Infelizmente, essa carta, considerada inofensiva pelo editor, deu início a uma campanha indicando que o MSG causava a "Síndrome do Restaurante Chinês." De repente, restaurantes chineses de vários lugares penduraram placas em suas entradas indicando "Sem MSG"- mesmo aqueles que tinham AJI-NO-MOTO® presente em suas mesas!

A verdade é que até hoje não ficou provado se a Síndrome do Restaurante Chinês existe realmente. Mas foi cientificamente estabelecido que, se existisse de fato, ela definitivamente não estava relacionada ao MSG. A prova final foi publicada pelo Dr. Geha, no ano 2000, concluindo que o MSG adicionado à comida não causa a Síndrome. Ainda assim, décadas depois, esse boato não foi completamente erradicado.

Sobre ratos e homens

Em 1969, pouco depois da carta do Dr. Kwok, um estudo alarmante foi publicado no jornal Science pelo

Dr. J.W. Olney, relatando que depois da injeção de altas doses de MSG em ratos recém-nascidos, os mesmos desenvolveram lesões cerebrais. Mais uma vez, era um alarme falso. Em primeiro lugar, a quantidade de MSG administrada no estudo era extremamente alta, uma quantidade via oral equivalente a três garrafas para uma pessoa adulta. Em segundo lugar, e mais importante, existe uma grande diferença fisiológica entre humanos e ratos recém-nascidos, o que foi negligenciada no estudo.

Mamíferos possuem algo denominado "barreira hematoencefálica", que protege o cérebro das células, partículas e moléculas específicas que estão na corrente sanguínea. Em ratos recém-nascidos, a barreira hematoencefálica é imatura. Mas primatas, incluindo humanos, nascem com essa barreira mais madura. Isso significa que os resultados observados em ratos nesse estudo não refletem o que ocorre em humanos. E é por isso que estudos subsequentes realizados pelo Dr. Takasaki (1979) e pelo Dr. Helms (2017) sugeriram que o consumo normal de MSG alimentício não possui efeito negativo no cérebro.

Fatos são mais poderosos que boatos

Vários estudos concluíram que o MSG é seguro, e importantes órgãos regulatórios confirmaram publicamente esse ponto. O Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão, que regula a segurança alimentar no país, aprovou oficialmente o MSG como aditivo alimentar em 1948. Dez anos depois, a Food and Drug Administration / EUA reconheceu o MSG como seguro.

No início de 1970, um Comitê Conjunto de Especialistas em Aditivos Alimentares, formado pela Organização Mundial de Saúde e pela Organização de Alimentos e Agricultura, divulgou uma série de declarações sobre a segurança do MSG para crianças, levando à conclusão, em 1987, de que não há necessidade de restringir seu consumo por crianças em qualquer idade.

A investigação mais abrangente sobre a segurança do MSG foi publicada em 1995 pela Federação das Sociedades Americanas para Biologia Experimental. O relatório, que tratou de 18 questões detalhadas, reafirma a segurança do consumo para a população em geral, em níveis normais, sem encontrar qualquer evidência que conecte o MSG a qualquer problema médico sério e de longo prazo.

Há evidências de que o MSG pode ser bom para o ser humano?

Para algumas pessoas, a resposta é "sim". O MSG pode ser utilizado para aumentar o paladar de pessoas que possuem uma dieta com restrição de sal. Para os idosos, bem como para pessoas com problemas nutricionais, o MSG ajuda a combater a perda de apetite.

Justificativas científicas aceitas sobre a segurança do MSG

- O nível de glutamato no sangue não aumenta quando o glutamato monossódico é utilizado na comida

- Aproximadamente 95% do glutamato é metabolizado no intestino para produzir energia

- O glutamato é o aminoácido dominante no leite materno

- Crianças metabolizam o glutamato, assim como os adultos, e consomem mais glutamato que adultos em relação ao peso corporal, sem qualquer efeito prejudicial

- Não há qualquer evidência que relacione a Síndrome do Restaurante Chinês ao MSG

- O glutamato é uma substância de gosto básico, com seus próprios receptores de gosto na língua

- A ingestão de MSG é "autolimitante".

Website: http://www.ajinomoto.com.br/www.ajinomoto.com

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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