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O que explica o recuo das bancadas evangélicas no RJ e em SP?

Entre as figuras religiosas conhecidas, pastores como Silas Malafaia, R.R. Soares e Valdemiro Santiago, notaram uma redução na representação política de seus aliados em comparação com anos anteriores

13 out 2024 - 13h08
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Nas eleições municipais mais recentes, as lideranças evangélicas enfrentaram desafios para garantir a presença de seus representantes nas Câmaras Municipais do Rio de Janeiro e São Paulo. Entre as figuras religiosas conhecidas, pastores como Silas Malafaia, R.R. Soares e Valdemiro Santiago, notaram uma redução na representação política de seus aliados em comparação com anos anteriores.

Jair Bolsonaro
Jair Bolsonaro
Foto: depositphotos.com / celsopupo / Perfil Brasil

No Rio de Janeiro, a tentativa de Silas Malafaia de substituir seu antigo representante, Alexandre Isquierdo, por Waguinho não obteve sucesso. Waguinho, cantor gospel e candidato pelo PL, obteve cerca de 9 mil votos, número insuficiente para garantir sua eleição. Malafaia declarou ter se concentrado em uma "guerra" política em São Paulo, o que, segundo ele, desviou esforços que poderiam ter sido mais efetivos em sua base no Rio.

R.R. Soares, líder da Igreja Internacional da Graça, também enfrentou dificuldades. Apoiou o pastor Josias Cruz, um nome novo na corrida política, que não obteve sucesso nas urnas. Similarmente, Valdemiro Santiago, líder da Igreja Mundial, não conseguiu eleger Sandro Alves no Rio de Janeiro ou Delegado Roberto Monteiro em São Paulo, apesar de uma campanha focada em temas como segurança pública e vínculos com a liderança religiosa.

Estratégias e resultados da Igreja Universal

A Igreja Universal, que historicamente manteve uma forte presença política, enfrentou um encolhimento de suas bases nas duas capitais. No Rio de Janeiro, Deangeles Percy (PSD) falhou em conquistar um assento, mesmo com apoio do prefeito Eduardo Paes. Na capital paulista, o bispo André Souza ficou como suplente, após tentar suceder o vereador Atílio Francisco, também bispo da igreja.

A polarização política nacional entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pode ter desempenhado um papel nas dificuldades enfrentadas pelas lideranças evangélicas em eleger candidatos. Algumas bancadas evangélicas relataram que a aliança dos candidatos com um dos polos políticos afastou eleitores. No caso do vereador Eliseu Kessler, ligado à Assembleia de Deus de Madureira no Rio, a fragmentação de apoios dentro de sua igreja pode ter sido um fator determinante para sua não reeleição.

Com a concorrência crescente e a polarização política, as lideranças religiosas enfrentam o desafio de reavaliar suas estratégias para reconquistar espaços nas esferas de poder. A necessidade de diversificação das pautas e um maior engajamento com questões de interesse social além das agendas religiosas tradicionais podem se tornar pontos chave para as próximas eleições municipais no Brasil.

Perfil Brasil
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