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O que se sabe sobre a parceria entre Magazine Luiza e AliExpress?

O anúncio foi feito na manhã desta segunda-feira (24), diretamente da sede da Alibaba em Hangzhou, China

24 jun 2024 - 18h33
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A AliExpress e o Magazine Luiza anunciaram uma parceria estratégica no Brasil, visando a integração de produtos em seus respectivos marketplaces. O anúncio foi feito na manhã desta segunda-feira (24), diretamente da sede da Alibaba em Hangzhou, China. A implementação está prevista para o terceiro trimestre deste ano, impulsionando as ações da varejista brasileira.

Anúncio fez com que ações do Magalu disparassem
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Foto: Reprodução / Perfil Brasil

Este acordo, inédito para ambas as plataformas, começou a ser negociado há pouco mais de sete meses. O Magazine Luiza disponibilizará no site da AliExpress no Brasil os itens vendidos diretamente em sua plataforma digital, excluindo produtos de vendedores do marketplace do Magalu. Simultaneamente, a AliExpress incluirá produtos de sua linha Choice no marketplace do Magalu.

"Ficamos muito confortáveis de assinar o acordo e fazer o anúncio dessa parceria", disse Luiza Trajano, conselheira do Magalu. "As duas plataformas têm no Brasil, juntas, mais de 700 milhões de visitas por mês. São 60 milhões de clientes ativos nos dois canais. Com sortimentos complementares, a chance de conversão de vendas nos dois canais é muito alta. Amplia nossa força de compra".

Trajano enfatizou que a globalização do comércio eletrônico e as vendas inter-fronteiras são uma realidade inescapável. "Eu achava que faltava isonomia tributária. E com a taxa aprovada agora, igualou muito. É um negócio mundial. Impossível não conviver com ele e a globalização dos mercados".

As ações da Magazine Luiza dispararam após o anúncio, registrando alta de 11% às 10h20 e alcançando um pico de 13,02% ao longo do dia. Trajano participou de uma coletiva de imprensa on-line diretamente da sede do Alibaba, ao lado de Kai Lee, CEO do AliExpress para a América Latina, e Briza Bueno, diretora da plataforma para a região.

A estratégia da parceria está focada no aumento das vendas digitais por meio da complementariedade de categorias entre os dois marketplaces. Cada plataforma atuará como vendedora de produtos da outra, com uma taxa por venda para cada transação envolvendo produtos da parceira.

Recentemente, o Congresso aprovou uma taxação de 20% para compras internacionais de até US$ 50 em plataformas de e-commerce que integram o programa de conformidade fiscal da Receita Federal, Remessa Conforme. A sanção presidencial ainda está pendente. Compras acima de US$ 50 terão um imposto de importação de 60%.

Trajano não forneceu estimativas específicas do impacto nas vendas para o Magalu, mas destacou que mais de cem profissionais da varejista participaram das negociações, envolvendo a alta liderança da companhia. Ele vê uma oportunidade significativa para aumentar as vendas e a frequência de compras no canal digital.

Logística

Inicialmente, as entregas dos produtos comprados serão realizadas pela plataforma de origem do produto, considerada a opção mais fácil para acelerar o início das vendas em parceria. No entanto, o Magalu está aberto a aprimorar esse processo no futuro.

"Temos uma capilaridade gigantesca no Brasil, com 22 centros de distribuição, 170 pontos de cross-docking e 1.300 lojas que são centros de fulfillment", explicou Trajano. "Há uma grande possibilidade de reduzir o custo de entrega do AliExpress no Brasil no futuro."

Sobre a certificação dos produtos da linha Choice que integrarão o marketplace do Magalu, Briza Bueno afirmou que todos passam por critérios de certificação conforme a legislação brasileira.

Perfil Brasil
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