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O que se sabe sobre ataque com faca em hospital no interior de SP

Após desentendimento em igreja, homem invadiu hospital no interior de São Paulo e esfaqueou sete pessoas

8 abr 2023 - 14h06
(atualizado às 16h21)
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Assim como os atentados ocorridos em escola de São Paulo no dia 27 de março e em creche de Blumenau na última quarta-feira, 5, a invasão de um homem na madrugada da sexta-feira, 7, ao Hospital Municipal José Nigro Neto, em Américo Brasiliense, no interior paulista, assustou moradores da região. O ataque terminou com seis feridos - houve ainda duas vítimas que não foram esfaqueadas. O agressor foi morto pela polícia.

Foto de redes sociais mostra a mobilização da polícia após o ataque no Hospital Municipal de Américo Brasiliense, no interior de São Paulo.
Foto de redes sociais mostra a mobilização da polícia após o ataque no Hospital Municipal de Américo Brasiliense, no interior de São Paulo.
Foto: Reprodução/Twitter/@14_carmensilvia / Estadão

O que se sabe sobre o ataque?

Um homem invadiu o Hospital Municipal José Nigro Neto, em Américo Brasiliense, no interior de São Paulo, na madrugada da última sexta-feira.

Segundo a Polícia Militar (PM), o homem de 32 anos havia se desentendido com outras pessoas na igreja do bairro São Judas Tadeu duas horas antes do ataque.

A polícia chegou a ser acionada e foi à igreja, mas não prendeu ninguém. A informação é de que o homem, aparentemente sob o efeito de drogas, estava importunando outras pessoas.

De acordo com o major Alan Esteves Fernando Gouvêa, depois do incidente na igreja, o homem invadiu o hospital por volta das duas horas da madrugada da última sexta-feira.

"Ele entrou na recepção do hospital falando alto e aparentando descontrole", disse o major. Ele já recebia atendimento quando sacou uma faca e atacou a equipe médica. Um paciente que tentou intervir também foi atingido. O agressor já deixava a unidade quando uma viatura da Polícia Militar que estava nas imediações chegou ao local.

Conforme ainda aponta o relatório da polícia, entre a abordagem da igreja e a ocorrência no hospital, o homem foi abordado quando uma viatura da PM se deparou com ele correndo pela rua em atitude suspeita. Ele foi orientado a deixar o local novamente pelos militares, que seguiram para atendimento de outra ocorrência na região.

Quem foi atacado pelo agressor?

Ao ver a polícia, ele fez uma enfermeira refém e ameaçava matá-la. O policial iniciou negociação para que ele largasse a faca, mas o homem se recusava. Quando a refém conseguiu se desvencilhar, o policial fez dois disparos. Atingido, o agressor chegou a ser socorrido, mas não resistiu.

Inicialmente houve a informação de sete feridos, mas segundo a polícia, foram seis machucados pelo agressor, entre elas, Ezequiel Rios Ariza, diretor clínico do hospital. No caso do médico, ele foi atingido por uma facada no quadril e passou por uma cirurgia. Todas as vítimas já tiveram alta médica. Outras duas pessoas atacadas pelo homem, incluindo a enfermeira tomada como refém, não foram machucadas.

Qual a motivação do crime?

O homem foi morto pela PM depois de invadir o hospital e atacar a facadas a equipe médica e pacientes que estavam no local.

A PM encontrou um pino de cocaína no bolso do autor do crime. A apreensão do entorpecente reforça a tese de que o agressor teve um "ataque de fúria em decorrência do uso de drogas", segundo o delegado Marco Aurélio Gomes Barbosa.

Para a polícia, foi um fato isolado e não um ataque premeditado. "Ele é usuário de drogas e, até onde sabemos, não havia qualquer outra motivação para ele agir como agiu. Ele entrou em surto e passou a agredir as pessoas em volta", disse ainda o major Gouvêa.

A Polícia Civil afirmou que vai pedir laudo toxicológico, em complemento ao laudo necroscópico que será elaborado pelo Instituto Médico Legal (IML), na tentativa de definir a motivação do ataque.

O caso foi registrado como tentativa de homicídio e morte decorrente de intervenção policial e será investigado pela Delegacia Seccional de Araraquara, segundo nota da Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP).

O que disse a prefeitura?

A prefeitura de Américo Brasiliense lamentou a violência, se solidarizou com as vítimas e disse que a segurança na unidade hospitalar já foi reforçada.

Estadão
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