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Ômicron pode levar Israel a atingir imunidade de rebanho, diz autoridade de saúde

2 jan 2022 - 13h27
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Israel pode alcançar a imunidade de rebanho em meio ao aumento de infecções causadas pela variante Ômicron da Covid-19, disse a principal autoridade de saúde do país neste domingo.

Ilustração em 3D do coronavírus
NEXU Science Communication/via REUTERS
Ilustração em 3D do coronavírus NEXU Science Communication/via REUTERS
Foto: Reuters

A variante Ômicron, que é altamente transmissível, causou uma onda de casos de coronavírus ao redor do mundo. Globalmente, as infecções atingiram um recorde, com média de pouco mais de 1 milhão de casos detectados todos os dias entre 24 e 30 de dezembro, de acordo com dados da Reuters.

As mortes, no entanto, não aumentaram na mesma proporção, trazendo a esperança de que a nova variante seja menos letal. Os casos diários em Israel devem atingir a máxima recorde nas próximas três semanas.

"Os números (de casos) terão que ser muito altos para alcançar a imunidade de rebanho", disse Nachman Ash, diretor-geral do Ministério da Saúde, à rádio 103 FM. "Isso é possível, mas não queremos que aconteça por meio das infecções e sim pela vacinação."

O chefe da força-tarefa do ministério contra o coronavírus, Salman Zarka, disse que a imunidade de rebanho está longe de ser uma garantia, porque a experiência dos últimos dois anos mostrou que alguns pacientes que se recuperaram do Covid-19 foram infectados novamente depois.

A imunidade de rebanho é o ponto em que uma população está protegida de um vírus, seja pela vacinação ou por que um número significativo de pessoas desenvolveu anticorpos após contrair a doença.

Cerca de 60% dos 9,4 milhões de habitantes de Israel estão totalmente vacinados -- quase todos com a vacina da Pfizer e da BioNTech, de acordo com o Ministério da Saúde, o que significa que eles receberam três doses ou foram vacinados com a segunda dose recentemente.

Mas centenas de milhares dos cidadãos que já poderiam tomar a terceira dose ainda não o fizeram.

Cerca de 1,3 milhão de casos de coronavírus foram registrados em Israel desde o início da pandemia. Mas cerca de dois a quatro milhões podem ser infectados até o fim de janeiro, quando a onda de Ômicron pode perder força, de acordo com Eran Segal, cientista de dados do Weizmann Institute of Science e conselheiro do governo.

Ao longo dos últimos 10 dias, os casos diários mais do que quadruplicaram. Casos severos também aumentaram, mas em um ritmo muito menor, subindo de cerca de 80 para cerca de 100.

Também neste domingo, Israel aprovou o uso do antiviral molnupiravir, da MSD, para pacientes com Covid-19.

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