Script = https://s1.trrsf.com/update-1731009289/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Onyx abandona coletiva após perguntas sobre caixa 2 e Coaf

Futuro ministro se irritou com perguntas a respeito do relatório da Coaf que mostra movimentações suspeitas de ex-motoristade Flávio Bolsonaro

7 dez 2018 - 16h26
(atualizado às 16h40)
Compartilhar
Exibir comentários

Alvo de uma investigação de caixa dois pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o futuro ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, pediu trégua à imprensa, se irritou com perguntas dos jornalistas e abandonou uma entrevista coletiva após participar de um almoço com empresários do Lide (Grupo de Líderes Empresariais) nessa quarta-feira, 7, na capital paulista.

O coordenador da transição irritou-se com uma pergunta sobre o relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coad) que mostra movimentações financeiras suspeitas de um ex-motorista do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente eleito. Mais cedo nesta sexta-feira, o futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, evitou comentar o relatório da Coaf, que ficará subordinado à sua Pasta.

Futuro ministro da Casa Civil no governo Bolsonaro, Onix Lorenzoni, participa do Almoço_Debate do LIDE, em seu 1º encontro com empresários após eleição 2018, na manhã desta sexta-feira (07) em São Paulo.
Futuro ministro da Casa Civil no governo Bolsonaro, Onix Lorenzoni, participa do Almoço_Debate do LIDE, em seu 1º encontro com empresários após eleição 2018, na manhã desta sexta-feira (07) em São Paulo.
Foto: ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA / Estadão

A "trégua" de Onyx foi pedida no fim do discurso. "Quero pedir para a imprensa que nos acompanha, por favor, uma trégua, em nome do Brasil", disse Lorenzoni. Os empresários aplaudiram a fala. Na entrevista coletiva após o almoço, o futuro chefe da Casa Civil foi questionado por jornalistas sobre qual como seria a trégua.

"Algumas áreas da imprensa brasileira abriram francamente um terceiro turno. Temos nossas limitações, nossas dificuldades. Vamos fazer um grande pacto. Não ganhamos carta em branco. Sabemos que temos oposição. Temos tido todo respeito do ponto de vista do futuro do nosso país. A partir do dia 1° de janeiro, quando o governo assume e tiver diretriz, ai sim, se tá errada critica".

Em seguida, Lorenzoni foi perguntado sobre o inquérito aberto a pedido da PGR para investigar o suposto uso de caixa 2 em suas campanhas.

"Se tem um cara que é tranquilo sou eu. Vim com Deus. Agora com investigação autônoma, vou poder esclarecer. Nunca tive corrupção. Não pode ser hipócrita de querer misturar financiamento e não registro de recebimento de amigo. Esse erro eu cometi. Sou o único que tenho a coragem de assumir", afirmou.

Lorenzoni disse que "subscreve" a declaração do presidente eleito, Jair Bolsonaro, de que usaria sua caneta Bic para exonerar um ministro que fosse alvo de uma "denúncia robusta". "Gosto tanto da caneta bic subscrevo a declaração dele", disse o futuro ministro da Casa Civil.

Lorenzoni se esquivou da pergunta afirmando que "setores tentam destruir a reputação de [Jair] Bolsonaro" e chegou a atacar o Coaf questionando onde o conselho estava durante os processos do mensalão e do petróleo. "Foi feita uma aliança ideológica que faz com que vocês [jornalistas] queiram misturar um governo honesto com as lambanças do PT dos últimos 14 anos", disse.

Em seguida, diante da insistência dos jornalistas em pedir uma declaração sobre o caso do filho de Bolsonaro, Lorenzoni perguntou a um dos repórteres quanto havia caído na sua conta neste mês, logo antes de abandonar a coletiva.

Top Político: Não é o momento para Malta assumir ministério, diz Bolsonaro:
Estadão
Compartilhar
Publicidade
Seu Terra












Publicidade