Operação da PF mira vereador Carlos Bolsonaro sobre Abin paralela
Mandado de busca e apreensão foi autorizado para a residência do parlamentar e para o seu gabinete Câmara Municipal do Rio de Janeiro; assessores também seriam alvo da operação
A Polícia Federal (PF) iniciou na manhã desta segunda-feira (29) uma operação para apurar ações da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) durante o governo Bolsonaro. Segundo fonte ouvida pelo blog da jornalista Andrea Sadi, do g1, um dos alvos da operação é o filho do ex-presidente e vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).
O mandado de busca e apreensão foi autorizado para a residência de Carlos Bolsonaro e também para a Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Assessores também seriam alvo da operação.
Na última quinta-feira (25), o ministro do STF Alexandre de Moraes afirmou que o ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem, usou o órgão para fazer espionagem ilegal a favor da família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Entre autoridades espionadas estavam a ex-deputada e ex-bolsonarista Joice Hasselmann, o ex-governador do Ceará e atual ministro da Educação, Camilo Santana (PT) e o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia.
Apurações da operação da PF apontam que a Abin teria sido "instrumentalizada" para monitorar ilegalmente uma série de autoridades e pessoas envolvidas em investigações, e também desafetos do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O uso indevido da Abin teria ocorrido quando o órgão era chefiado por Alexandre Ramagem (PL-RJ), aliado de Bolsonaro que, atualmente, é deputado federal.
Segundo fontes da PF, Carlos Bolsonaro seria o idealizador da "Abin paralela". Ele, ainda, teria designado missões a agência. Como, por exemplo, provar uma suposta ligação de Alexandre Moraes com o PCC
— Túlio Amâncio (@tulio_amancio) January 29, 2024
* Matéria em atualização.