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'Os espíritos do Bruno estão passeando na floresta e espalhados na gente', diz mulher de indigenista

Beatriz Matos se pronuncia após confirmação de Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips foram assassinados

16 jun 2022 - 18h49
(atualizado às 23h21)
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A mulher do indigenista Bruno Pereira, Beatriz Matos, se pronunciou nesta quinta-feira, 16, sobre a morte de seu marido e do jornalista inglês Dom Phillips, que estavam desparecidos na Amazônia desde o dia 5 de maio. "Agora que os espíritos do Bruno estão passeando na floresta e espalhados na gente, nossa força é muito maior", disse em sua rede social.

A morte da dupla foi confirmada pela Polícia Federal durante coletiva de imprensa na noite desta quarta-feira, 25. A PF informou que o pescador Amarildo Oliveira, conhecido como "Pelado", confessou ter envolvimento no desaparecimento da dupla. O superintendente regional, Eduardo Alexandre Fontes, afirmou em coletiva de imprensa que os investigadores levaram Pelado e seu irmão, Oseney da Costa de Oliveira, também suspeito de envolvimento no crime, para a área de buscas no rio Itaquaí, onde foram encontrados partes de corpos, classificados pela investigação como "remanescentes humanos".

Sian Phillips junto com Gareth Phillips, irmãos do jornalista Dom Phillips seguram um cartaz e uma rosa, enquanto manifestantes protestam após o desaparecimento, na Amazônia, de seu irmão Dom Phillips e do ativista Bruno Araujo Pereira, em frente à Embaixada do Brasil em Londres, na Grã-Bretanha, no dia 9 de junho de 2022. Foto: Toby Melville/REUTERS

Logo após o anúncio da PF, a mulher de Dom Phillips divulgou uma nota em que afirma que uma "jornada em busca por justiça" começa agora. "Espero que as investigações esgotem todas as possibilidades e tragam respostas definitivas, com todos os desdobramentos pertinentes, o mais rapidamente possível", disse em publicação.

Familiares britânicos do jornalista Dom Phillips também se manifestaram também a respeito da confirmação do assassinato da dupla no Amazonas. Em nota divulgada via redes sociais, nesta quinta-feira, eles se dizem de "coração partido" e agradecem pelo esforço de buscas pela dupla, "especialmente aos grupos indígenas que trabalharam incansavelmente para encontrar evidências do ataque".

Estadão
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