Osteopatia, uma especialidade da Fisioterapia, é reconhecida como uma forma de tratamento resolutiva e cientificamente eficaz para tratamento de dor
No final do Século IXX, o médico norte americano Andrew Taylor Still, através de ideias pluralistas sobre saúde desenvolveu um modelo de tratamento fundamentado em 4 Leis básicas que estão presentes até os dias de hoje. Essas Leis falam sobre a relação entre estrutura e função orgânica, a circulação sanguínea, sobre o corpo humano como um elemento capaz de restaurar-se e da necessidade de ver o ser humano como um ser integrado e não somente uma coluna doente ou um joelho com problemas na função.
Esses pontos são relevantes para serem resolvidos e tratados, haja visto que muito do que se falava há mais de 100 anos ganhou força com a Prática Baseada em Evidências, que confronta as técnicas com sua capacidade real de tratar o paciente. Várias diretrizes de prática clínica, atualmente, têm como recomendações o uso de técnicas osteopáticas, como a de Dor Lombar, na qual o tratamento manipulativo da coluna está entre os melhores, obtendo nível A de evidência junto com os exercícios de resistência e fortalecimento. Quanto ao tratamento de dor cervical, a diretriz de 2017 relata o uso de técnicas manipulativas como a segunda melhor intervenção (nível B), entretanto a literatura ainda não apresentou alguma intervenção que seja nível A neste caso, o que torna a osteopatia, novamente, uma das melhores opções terapêuticas.
No que diz respeito a Intervenções em lesões ligamentares de joelho a osteopatia aparece mais uma vez como uma ótima alternativa, atuando desta vez com mobilizações articulares imediatamente após 1 semana de reconstrução do ligamento cruzado anterior (nível B), segundo a diretriz de 2017. Já em pacientes com osteoartrose de quadril, as intervenções com Osteopatia são classificadas como Nível A, novamente o melhor nível terapêutico. Todas as diretrizes citadas estão publicadas em um dos melhores periódicos de fisioterapia do mundo o JOSPT, Journal of Orthopaedic & Sports Physical Therapy®, o que amplia a credibilidade da atuação com osteopatia.
É relevante ressaltar que a osteopatia não é apenas a intervenção com manipulação, pois a mesma considera o corpo como um sistema integrado, como dito anteriormente, e, por isso, atua na articulação, nos tecidos moles (ligamentos, músculos e tendões, por exemplo) e na integração sensoriomotora deles, com suporte neurofisiológico de suas técnicas. Portanto, ao procurar um Fisioterapeuta com esta formação, o paciente busca na verdade um olhar mais amplo sobre o seu organismo e com alta fundamentação científica. A osteopatia não representa uma técnica única, mas sim conjuntos de técnicas que suportam uma maneira de pensar sobre o paciente e a condição de saúde que o envolve.
Ft, MsC, PhD, DO, Francisco Fleury Uchoa Santos Júnior
Professor EBRAFIM
Website: http://www.ebrafim.com