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Pacheco diz esperar que "carta de Bolsonaro se perpetue"

Para presidente do Senado, recuo do chefe do Executivo sobre ataques ao STF é "sinalização muito positiva"

12 set 2021 - 14h03
(atualizado às 14h08)
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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse esperar que o tom de conciliação do presidente Jair Bolsonaro se perpetue a partir de agora. Pacheco se referia à Declaração à Nação, assinada pelo chefe do Executivo, sinalizando um gesto pela pacificação entre os Poderes após as manifestações de 7 de Setembro.

Presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco
11/02/2021
REUTERS/Adriano Machado
Presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco 11/02/2021 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

"Nós precisamos de união e pacificação no Brasil e a carta à Nação do presidente da República é uma sinalização muito positiva, portanto, eu guardo muita expectativa e confiança de que ela se perpetue como uma tônica entre as relações dos Poderes a partir de agora, porque isso é fundamental para o País", disse o presidente do Senado em entrevista a jornalistas após participar de um evento em comemoração aos 40 anos do Memorial JK, em Brasília.

Pacheco afirmou esperar que os líderes das instituições se reúnam para solucionar os problemas no País. Neste domingo, dia de manifestações convocadas contra o governo Bolsonaro em 15 capitais do Brasil, o presidente do Senado declarou que respeita todos os atos, tanto os de hoje quanto os de 7 de Setembro. "Eu as respeito. Democrata que sou, republicano que sou, considero que manifestações fazem parte de uma democracia viva", afirmou.

Na última quinta-feira, 9, o presidente Jair Bolsonaro recuou do tom adotado nos discursos de atos de 7 de Setembro e divulgou nota em que chegou até mesmo a elogiar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Isso depois de chamar Moraes de "canalha" e prometer desobedecer decisões do magistrado. O texto da nota foi elaborado com a ajuda do ex-presidente Michel Temer que reuniu-se em Brasília com Bolsonaro na quinta. Na carta, o presidente disse que as declarações sobre Moraes foram feitas no "calor do momento" e que não teve "nenhuma intenção de agredir quaisquer dos Poderes".

Estadão
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