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Pacote de corte de gastos, alta do dólar e cessar-fogo entre Israel e Hezbollah: confira os destaques da semana

29 nov 2024 - 17h22
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Anúncio do pacote de corte de gastos, alta histórica do dólar e trégua entre Israel e Hezbollah. Confira o que foi destaque na semana:

Anúncio do pacote de corte de gastos e suas repercussões foram os principais assuntos da semana
Anúncio do pacote de corte de gastos e suas repercussões foram os principais assuntos da semana
Foto: Reprodução/Agência Brasi / Perfil Brasil

Pacote de corte de gastos

O Ministro da Fazenda Fernando Haddad  anunciou o pacote de corte de gastos com a intenção de economizar setenta bilhões de reais nos próximos dois anos. 

Algumas medidas previstas são a limitação do aumento do salário mínimo, novas regras para a aposentadoria de militares e um maior controle sobre a distribuição do Bolsa Família. As propostas ainda precisam passar pelo congresso nacional, e devem ser votadas ainda em 2024.

Para compensar pelos cortes, o governo propôs isentar o pagamento do Imposto de Renda para quem ganha até R$5 mil reais por mês. Atualmente, o limite é de até dois salários mínimos, ou R$2824. Ao mesmo tempo,  a cobrança deve ser maior para pessoas que ganham mais de R$50 mil por mês.

Alta do dólar

Após certa espera para o anúncio do pacote fiscal, o mercado esperava medidas com mais previsibilidade e austeridade. Ao receber as propostas do governo, não teve uma reação leve.  O dólar chegou a bater R$6 pela primeira vez na história nesta quinta-feira (29), e disparou para R$6,11 na manhã de sexta.

Em uma tentativa de acalmar os ânimos, os presidentes da Câmara de Deputados e do Senado sinalizaram que a discussão sobre a isenção ficaria para 2025, e dependerá da responsabilidade fiscal.

Rodrigo Pacheco destacou que a política fiscal deve ser gerida sem medo de impopularidade, sugerindo que a responsabilidade fiscal irá prevalecer no Senado. "A questão de isenção de IR, embora seja um desejo de todos, não é pauta para agora e só poderá acontecer se (e somente se) tivermos condições fiscais para isso. Se não tivermos, não vai acontecer. Mas essa é uma discussão para frente, que vai depender muito da capacidade do Brasil de crescer e gerar riqueza, sem aumento de impostos.".

Similarmente, Arthur Lira complementou que qualquer iniciativa que implique renúncia de receitas será considerada somente no próximo ano. "Reafirmo o compromisso inabalável da Câmara dos Deputados com o arcabouço fiscal. Toda medida de corte de gastos que se faça necessária para o ajuste das contas públicas contará com todo esforço, celeridade e boa vontade da Casa, que está disposta a contribuir e aprimorar. Uma coisa de cada vez. Responsabilidade fiscal é inegociável", publicou no X.

Haddad também participou da contenção de danos: foi a um evento com banqueiros da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), e afirmou que pode revisar as despesas previstas. "Se tiver algum problema de cálculo, nós vamos voltar para a planilha, vamos voltar para o Congresso, vamos voltar para o presidente da República, com a demanda que nós achamos que é a correta", disse.

Trégua entre Israel e Hezbollah?

A semana também foi marcada pelo anúncio de um acordo de cessar-fogo entre Israel e Hezbollah, no Líbano, durante sessenta dias. Com a mediação dos Estados Unidos e da França, também ficou decidido que as tropas iriam se retirar do sul do Líbano. 

Mas, pouco mais de 24 horas depois, os dois lados trocaram acusações de violação ao acordo. O Exército de Israel admitiu ter feito ataques aéreos no sul do Líbano, mas disse que seu alvo foi um depósito de foguetes do Hezbollah. O grupo, por sua vez, acusou Israel de atacar civis que estavam passando pela fronteira do Líbano. 

Como resposta, o primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ameaçou iniciar o que chamou de uma guerra intensiva.

Perfil Brasil
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