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País africano gasta por educação de aluno, em um ano, o mesmo que os EUA em 2 dias

1 nov 2024 - 05h29
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O financiamento da educação é um tema crucial debatido por governos e entidades internacionais. A desigualdade financeira na educação tornou-se evidente, especialmente em países africanos onde a situação é considerada crítica. Um relatório recente destacou as discrepâncias de investimento entre países de diferentes faixas de renda.

Sala de aula
Sala de aula
Foto: depositphotos.com / ArturVerkhovetskiy / Perfil Brasil

No ano de 2022, países africanos como Uganda enfrentaram desafios significativos para financiar adequadamente a educação de suas crianças. Enquanto alunos de países de baixa renda como Afeganistão e Etiópia receberam investimentos de apenas 55 dólares por estudante, nações ricas como os Estados Unidos e a Alemanha destinaram 8.532 dólares por aluno.

Quais são as diferenças de investimento na educação entre os países?

Segundo o "Education Finance Watch", as nações de baixa renda enfrentam graves limitações financeiras. Este relatório, resultado de uma colaboração entre o Banco Mundial e a Unesco, revelou que em 2022, o investimento educacional médio por aluno em países de alta renda foi mais de 150 vezes maior do que em países de baixa renda. Comparativamente, o Brasil, que se encontra em uma faixa intermediária de renda, investiu 1.273 dólares por aluno.

Este contraste de investimento não se refletiu apenas em termos financeiros, mas também impactou na qualidade da educação oferecida. Países de baixa renda não conseguiram acompanhar as melhorias pedagógicas vistas em regiões mais abastadas, limitando o desenvolvimento educacional das novas gerações.

Como a pandemia afetou o cenário educacional global?

A pandemia de Covid-19 exerceu impacto significativo na educação, piorando as já existentes disparidades. A redução nas habilidades de leitura e matemática de estudantes é uma das consequências mais visíveis. O fechamento prolongado das escolas agravou a situação, especialmente em países pobres sem infraestrutura adequada para ensino remoto.

A necessidade urgente de aumentar o investimento educacional torna-se evidente para compensar essas perdas. Além disso, a administração eficiente dos recursos públicos é crucial para potencializar o impacto positivo das verbas disponíveis, abrangendo melhorias estruturais e pedagógicas.

Quais são as prioridades atuais dos governos na alocação de recursos?

O relatório sublinha que muitos governos, particularmente na África e Ásia, estão direcionando mais recursos para o pagamento de juros da dívida pública em detrimento da educação. No caso de Gana, significativos 166 dólares foram desembolsados diariamente por cada habitante para o pagamento de juros, enquanto apenas 64 dólares foram direcionados para a educação.

  • Melhoria da aprendizagem no contexto digital e ambiental
  • Redução do analfabetismo e evasão escolar
  • Inclusão e equidade no ensino

Apesar do aumento da ajuda financeira internacional, a parcela destinada à educação diminuiu, realocando prioridades para áreas como energia e combate à Covid.

Quais são os avanços na educação observados em algumas regiões?

Apesar das dificuldades, algumas regiões reportaram melhorias tímidas. O Sul da Ásia, por exemplo, dobrou o investimento por aluno entre 2010 e 2022. Esse crescimento foi majoritariamente impulsionado pelo aumento de matrículas em escolas privadas, permitindo uma alocação mais eficaz de recursos no setor público.

Na América Latina, um progresso modesto também foi observado, com um incremento de 8% no investimento na educação por aluno. Contudo, tais avanços ainda são insuficientes frente às necessidades reais da região para igualar o acesso e a qualidade da educação globalmente.

Perfil Brasil
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