Pais de menina encontrada morta em contêiner de lixo são indiciados no RS
A Polícia Civil, com base no laudo pericial, indiciou a mãe por maus-tratos com resultado de morte e violência psicológica. Já o pai da vítima, Kerollyn Souza Ferreira, está sendo indiciado por abandono material e violência psicológica
Os pais da menina Kerollyn Souza Ferreira, que foi encontrada morta em um contêiner de lixo, em Guaíba, Região Metropolitana de Porto Alegre, foram indiciados pela polícia após o recebimento de uma perícia. A criança tinha nove anos.
Corpo da menina em contêiner
O corpo de Kerollyn Souza Ferreira foi encontrado no dia 9 de agosto por um reciclador, que acionou a Brigada Militar e a escola local. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado e, ao chegar ao local, constatou o óbito da menina.
A perícia foi acionada e não encontrou sinais externos e aparentes de violência no corpo da menina. Este fato fez com que a polícia suspeitasse que a causa da morte poderia estar relacionada à ingestão de algum tipo de substância.
Laudo detecta clonazepam
Posteriormente, o laudo pericial não determinou qual a causa da morte, entretanto constatou a presença de clonazepam, medicamento que trata distúrbios psiquiátricos, no corpo da vítima.
Em depoimento à polícia, a mãe de Kerollyn confessou que tinha se automedicado e também medicado a filha horas antes da menina ter sido encontrada morta.
A Polícia Civil, tendo como base o laudo, indiciou a mãe por maus-tratos com resultado de morte e violência psicológica. Já o pai da vítima está sendo indiciado por abandono material e violência psicológica.
Advogados de defesa
Os advogados de defesa, Carla Carolina Abreu de Souza e Matheus Lacerda Ferreira, representam os pais Eles alegaram "que o indiciamento deixa claro que ela não tem ligação direta com a morte", segundo apurações da Rede CNN.
De acordo com o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS), o caso está sendo "apurado pela Promotoria de Justiça de Guaíba para oferecer posteriormente denúncia ou não ou até mesmo pedir mais diligências".
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