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Papa Francisco terá funeral com rito inédito na Igreja

21 abr 2025 - 15h47
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A despedida do papa Francisco, que faleceu nesta segunda-feira (21) aos 88 anos após um Acidente Vascular Cerebral (AVC), seguido de um quadro de insuficiência cardíaca irreversível, será marcada por mudanças significativas no protocolo da Igreja Católica. O funeral seguirá um novo modelo, aprovado pelo próprio pontífice, que optou por uma cerimônia mais sóbria e despojada.

O Papa Francisco
O Papa Francisco
Foto: Reprodução/Instagram Pope Francis / Perfil Brasil

Em 2024, Francisco instituiu o Ordo Exsequiarum Romani Pontificis, livro litúrgico que reformula profundamente as práticas fúnebres adotadas para um papa. A intenção é apresentar o pontífice como um "pastor e discípulo de Cristo", deixando de lado símbolos de poder ou ostentação.

A tradição permite que o papa, ainda em vida, defina como deseja ser sepultado. Essas orientações costumam ser comunicadas ao Camerlengo — cardeal responsável pela gestão da Igreja durante o período conhecido como Sé Vacante, que começa após a morte de um pontífice.

O que muda na cerimônia de adeus do papa?

O novo rito está dividido em três fases, chamadas de "estações". A primeira ocorre na residência papal. Diferentemente do modelo anterior, a confirmação da morte acontece na capela privada e não mais no quarto do pontífice. Em seguida, o corpo é colocado em um caixão de madeira com um de zinco em seu interior. Antes, três urnas eram utilizadas: de cipreste, chumbo e carvalho.

A redução para dois caixões atende à diretriz do papa de tornar o processo mais simples. Após essa etapa, o caixão segue para a Basílica de São Pedro, onde tem início a segunda estação do funeral.

Na basílica, ocorre a Missa Exequial, momento em que os fiéis podem se despedir. A cerimônia também passou por mudanças. A urna funerária, que antes era colocada sobre um catafalco (estrutura elevada usada em funerais de Estado), agora repousará diretamente no solo, para evitar qualquer semelhança com ritos políticos ou governamentais.

Finalizada a missa, começa a terceira estação: o sepultamento. Tradicionalmente, os papas são enterrados na cripta sob o altar principal da Basílica de São Pedro, onde estão os restos mortais de 91 pontífices. No entanto, Francisco preferiu ser sepultado na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, local que frequentava com regularidade, especialmente antes e depois de viagens internacionais.

A escolha marca uma ruptura com séculos de tradição, mas é possível dentro das novas normas estabelecidas pelo próprio papa. As regras permitem que o enterro ocorra fora do Vaticano, conforme o desejo do pontífice.

Perfil Brasil
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