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Parlamento francês derruba primeiro-ministro

4 dez 2024 - 18h01
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A aprovação de uma moção de censura na França desestabilizou o governo e pôs fim à administração de Michel Barnier nesta quarta-feira (4) após três meses enquanto primeiro-ministro.

Foto: depositphotos.com / Ale_Mi / Perfil Brasil

Este movimento parlamentar, que permite a remoção de um chefe de governo quando os legisladores não estão satisfeitos com sua gestão, ocorreu após as eleições parlamentares de junho. As urnas resultaram na vitória do bloco de esquerda, entretanto, sem maioria suficiente para formar governo, enquanto a extrema direita liderada pela Reunião Nacional foi barrada.

Em resposta à situação, o presidente Emmanuel Macron decidiu nomear um primeiro-ministro de centro-direita, uma escolha que gerou protestos e um inesperado diálogo entre a esquerda e a extrema direita para contestar essa indicação. O resultado foi uma votação conjunta que culminou na aprovação da moção de censura, apoiada por 331 dos 574 deputados, superando a barreira dos 288 votos necessários.

Qual o impacto da moção de censura no governo da França?

Com a moção de censura aprovada, Barnier foi automaticamente removido do cargo, deixando Macron diante da decisão de negociar com os partidos majoritários ou indicar outro nome para primeiro-ministro. Tal escolha poderá desencadear novos protestos e enfraquecer ainda mais seu governo. Fontes relataram que Macron está inclinado a indicar um novo premiê, decisão que poderia ser anunciada em breve, mesmo enfrentando potenciais desgaste e oposição.

A crise política foi acentuada pela rejeição à proposta de Orçamento de Barnier, fortemente criticada por sua abordagem de redução de gastos públicos e aumento de impostos para grandes corporações. O estado econômico da França, com sua dívida se aproximando da situação crítica da Grécia, também foi um fator determinante para a insatisfação. Além disso, a escolha de Barnier, que não havia participado das eleições, foi outro ponto de discórdia entre os deputados franceses.

Composição do parlamento e desafios futuros

As recentes eleições deixaram o parlamento francês dividido em três blocos: esquerda, centro-direita e extrema direita. A moção de censura marca a primeira vez em mais de 60 anos que um primeiro-ministro é deposto dessa forma na Quinta República. Esta divisão interna destaca os desafios que Macron enfrenta para conduzir o governo até o fim de seu mandato, especialmente com a aproximação das eleições de 2027, quando a França escolherá um novo presidente.

Perfil Brasil
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