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Parte do governo Lula questiona atuação e poder concentrado de Moraes; entenda

Aliados do presidente avaliam com cautela delação de Cid por temer repetição de método da Lava Jato

3 out 2023 - 10h59
(atualizado às 11h32)
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Para Zambelli, não é oportuno tirar Moraes da Corte agora, já que o substituto seria indicado por Lula.
Para Zambelli, não é oportuno tirar Moraes da Corte agora, já que o substituto seria indicado por Lula.
Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão

Embora o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenha utilizado as recentes revelações da Polícia Federal (PF) como instrumento contra Jair Bolsonaro (PL), há partes dentro do governo e no Congresso que questionam a atuação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em especial na condução da delação premiada de Mauro Cid.

Conforme informações da Folha de S.Paulo, tanto ministros quanto aliados de Lula no Congresso estão adotando uma abordagem cautelosa em relação à forma como a colaboração do tenente-coronel Cid foi acordada com o STF enquanto ele estava sob custódia. Membros deste grupo avaliam que essa prática lembra os métodos utilizados durante a Operação Lava Jato.

A expectativa é que a delação de Cid seja substancial e repleta de provas, pois, caso contrário, argumentam que não haveria motivo para fechá-la. A falta de evidências tem sido uma das críticas dirigidas às delações feitas durante a Operação Lava Jato.

A homologação da delação de Cid por Moraes ocorreu em 9 de setembro. Um dos principais pontos de preocupação entre os apoiadores de Lula é o poder centralizado nas mãos do ministro. Apesar de Moraes estar atualmente investigando adversários políticos de Lula, sua atuação é vista por alguns como um acúmulo excessivo de poder.

Nos bastidores, aliados do presidente afirmam que Moraes possui origens políticas de centro-direita e que sua atuação é caracterizada pelo ativismo judicial, o que significa que, segundo eles, o ministro excede os limites de sua função e interfere em outros poderes, como o Legislativo.

Além do poder concentrado de Moraes no STF, alguns aliados do presidente temem que essa investida contra Bolsonaro e seus apoiadores acabe por fortalecer o grupo político adversário ao de Lula.

A análise é que, para preservar a democracia contra as tentativas golpistas de Bolsonaro, Moraes tomou as ações que considerou necessárias, mesmo que algumas delas tenham sido controversas do ponto de vista jurídico. No entanto, a preocupação é que não está claro quando essas medidas serão encerradas.

Existe também a preocupação de que, em algum momento, o ministro possa direcionar suas ações contra a esquerda.

Fonte: Redação Terra
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