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Patrocinadores rompem com Flow após fala polêmica de Monark

Apresentador do Flow Podcast defendeu legalidade de um partido nazista no Brasil; alguns apoiadores do programa, como Flash Benefícios e Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, romperam patrocínio

8 fev 2022 - 14h51
(atualizado às 15h01)
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Após pressão do público, a empresa Estúdios Flow, responsável pelo Flow Podcast, perdeu dois patrocinadores nesta terça-feira, 8: a Flash Benefícios, empresa de cartões para empresas, e a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro. O rompimento dos contratos foi atribuído a declarações do apresentador Monark, que defendeu a legalidade de existência de um partido nazista no Brasil durante episódio com os deputados federais Tabata Amaral (PSB-SP) e Kim Kataguiri (DEM-SP) na noite de ontem.

Em nota, a Flash Benefícios declarou que não concorda com os comentários e que eles são "inadmissíveis": "Não há sociedade livre quando há intolerância ou busca de legitimação de discursos odiosos, nazistas e racistas, tecidos a partir de uma suposta liberdade de expressão. Reforçamos que todo e qualquer tipo de opinião jamais pode ferir, ignorar ou questionar a existência de alguém ou de um grupo da sociedade".

Ao se posicionar, o anfitrião do podcast Monark argumentou que a organização formal de um partido nazista estaria amparada pela liberdade de expressão. A declaração foi rebatida por Tabata, que afirmou que destacou que essa liberdade termina quando se manifesta contra a vida de outras pessoas.

Monark, apresentador do Flow, defendeu que o antissemitismo deveria ser um 'direito'.
Monark, apresentador do Flow, defendeu que o antissemitismo deveria ser um 'direito'.
Foto: Reprodução/YouTube / Estadão

A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro era responsável por apoiar um braço do programa, o Flow Sport Club, que transmitia os jogos de futebol do Campeonato Carioca. Em nota, a entidade anunciou o rompimento e afirmou ser "contrária a qualquer tipo de preconceito".

O movimento contrário às declarações de Monark nas redes sociais foi puxado pelo grupo Judeus pela Democracia, que, a exemplo do Sleeping Giants, passou a dirigir apelos diretos aos anunciantes e patrocinadores do progama.

A Mondelez Brasil, detentora da marca BIS, se pronunciou logo no fim da manhã, repudiando a discriminação e o racismo, e esclarecendo que só financiou dois episódios do programa em 2021 e que já havia solicitado a exclusão da marca entre os patrocinadores do Flow.

A marca esportiva Puma também se pronunciou de modo similar, argumentando que já solicitou a exclusão de seu nome da lista de patrocinadores.

Estadão
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