Paula Caroline Ferreira Rodrigues absolvida no caso de homicídio de fotógrafo
Tribunal do Júri decide pela inocência da ré após julgamento em Canoas
Paula Caroline Ferreira Rodrigues, de 29 anos, acusada do assassinato do fotógrafo José Gustavo Bertuol Gargioni em Canoas há oito anos, foi absolvida pelo Tribunal do Júri nesta sexta-feira (15). A sessão, que teve início às 9h58min e terminou às 21h20min no Foro da Comarca de Canoas, foi presidida pela juíza Geovanna Rosa.
Rodrigues respondia por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. O co-réu do caso, Juliano Biron da Silva, já foi condenado a 18 anos de prisão. Durante o julgamento, diversos aspectos do caso foram debatidos, incluindo os depoimentos de investigadores e o relato da ré.
A ré negou a autoria do crime durante seu interrogatório, alegando ter sido coagida pelo então companheiro, Juliano, a organizar um encontro com a vítima. Rodrigues relatou ter sofrido violência doméstica e afirmou que planejava se mudar para São Paulo para escapar da relação abusiva.
Os debates entre defesa e acusação se estenderam pela tarde, seguidos pela réplica do Ministério Público e a tréplica da defesa. A votação ocorreu de forma rápida, e a sentença foi lida por volta das 21h15min.
Após a decisão, o advogado de defesa, Jean Severo, expressou satisfação com o resultado, afirmando que o júri nunca erra. Por outro lado, Helena Gargioni, mãe da vítima, expressou decepção com a absolvição de Rodrigues, dizendo que resta apenas a "Justiça divina".
O Ministério Público não se manifestará sobre o júri. Este caso ressalta as complexidades dos julgamentos por júri e a dificuldade em alcançar a justiça para as famílias das vítimas em casos de homicídio. A absolvição de Rodrigues encerra um capítulo longo e conturbado deste caso, deixando sentimentos mistos entre os envolvidos e observadores.