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"Permaneceremos no caminho da guerra", diz novo líder do Hezbollah

30 out 2024 - 18h50
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O Hezbollah, um dos principais grupos armados do Líbano, anunciou Sheikh Naim Qassem como seu novo líder. Sua ascensão ocorre em um momento de tensão crescente na região, especialmente após a morte de Hassan Nasrallah, o antigo chefe do grupo. Qassem, veterano no Hezbollah desde sua fundação na década de 1980, já ocupava papeis de liderança dentro da organização e agora enfrenta o desafio de manter a influência do Hezbollah no Líbano e na região.

Cenário de guerra em Gaza
Cenário de guerra em Gaza
Foto: depositphotos.com / thenews2.com / Perfil Brasil
"Continuaremos nosso plano de guerra dentro das estruturas políticas delineadas. Permaneceremos no caminho da guerra. Podemos continuar a lutar por dias, semanas e meses. Saia de nossas terras para diminuir suas perdas. Se você ficar, pagará", afirmou ele em seu primeiro discurso, nesta quarta-feira, 30.

Qassem enfatizou a continuidade da agenda do seu antecessor, reiterando o compromisso do grupo em seu conflito com Israel. Ele afirmou que continuará a lutar pelo Líbano, salientando que seus objetivos são independentes dos interesses de aliados externos, como o Irã. Este posicionamento ressalta a estratégia do Hezbollah de se apresentar como um defensor dos interesses libaneses, enquanto conta com o apoio estratégico iraniano e de outros grupos da denominada Resistência Islâmica.

Quais são os desafios enfrentados por Naim Qassem e o futuro do Hezbollah?

As hostilidades entre o Hezbollah e Israel permanecem em um ponto crítico, com ofensivas e trocas de ataques frequentes. As tentativas de mediação, principalmente por parte de mediadores dos Estados Unidos, buscam um cessar-fogo temporário de 60 dias. Esta proposta visa interromper os conflitos e abrir espaço para negociações mais duradouras. Contudo, Qassem reconhece a dificuldade de se chegar a um consenso, dadas as circunstâncias políticas e militares.

Além da tensão com Israel, o novo líder precisa lidar com a crise humanitária no Líbano, exacerbada por deslocamentos internos devido às ofensivas israelenses. Cidades como Baalbek sofrem com evacuações impostas pelos ataques, complicando a situação das populações já vulneráveis. O Hezbollah, sob a liderança de Qassem, deve equilibrar suas ações militares com o papel de protetor e facilitador de ajuda para os civis libaneses afetados.

As dinâmicas regionais e internacionais complicam ainda mais o cenário que Qassem enfrenta. A visita de funcionários da Casa Branca a Israel demonstra o envolvimento dos Estados Unidos nas questões do Oriente Médio, aumentando as pressões sobre o Hezbollah para adotarem posturas mais conciliatórias. Contudo, a resistência interna no Líbano e o apoio externo do Irã, comprometem essa possibilidade imediata. O grupo continua afirmando sua autonomia nas decisões estratégicas, mas as relações com aliados e adversários moldarão seus próximos passos.

Perfil Brasil
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