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Petrobras revisa para baixo meta de produção até 2026

14 jan 2022 - 09h42
(atualizado às 11h26)
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A Petrobras informou nesta sexta-feira redução de 70 mil barris de óleo equivalente ao dia (boed) na meta de produção de 2022, para refletir o efeito do resultado da 2ª Rodada de Licitações do Excedente da Cessão Onerosa, o que terá também impacto no total previsto para o plano de negócios até 2026.

Com isso, a empresa disse em fato relevante que terá uma alteração da faixa de 2,7 milhões de boed para 2,6 milhões de boed prevista para este ano, com variação de 4% para mais ou para menos.

A revisão também impactará a produção de óleo e produção comercial em cerca de 60 mil barris/dia, "mas permaneceram com as mesmas faixas", respectivamente, de 2,1 milhões de bpd e 2,3 milhões de boed, com variação de 4% para mais ou para menos.

A empresa explicou que a mudança reflete o início da vigência do Regime de Partilha de Produção em Atapu e Sépia, previsto para o início de maio de 2022.

A Petrobras observou ainda que o início da partilha de produção dos FPSOs P-70 e Carioca (em Atapu e Sépia, respectivamente) impactará a meta de produção no período de 2023 a 2026, com redução estimada de 100 mil boed.

Com o leilão em dezembro do excedente da cessão onerosa das duas áreas, a Petrobras --detentora das reservas originais dessa região no pré-sal-- vai atuar com outras empresas.

A Petrobras foi vencedora do leilão do mês passado, mas sofreu concorrência e acabou arrematando as áreas em parceria após inicialmente ter tentado levar Sépia sozinha --as metas originais do plano de negócio foram divulgadas em novembro.

Diante do resultado do leilão, a empresa informou que a participações de cada parte nas jazidas compartilhadas de Sépia passarão a ser: Petrobras (operadora), com 55,30%; TotalEnergies (16,91%); Petronas (12,69%); QP Brasil (12,69%) e Petrogal Brasil (2,41%).

Em Atapu, as participações ficaram assim: Petrobras (operadora), com 65,69%; Shell (16,66%); TotalEnergies (15%)Petrogal Brasil (1,70%); e Pré-sal Petróleo (0,95%).

Uma vez que a Petrobras havia feito investimentos na área, foi acertada uma compensação.

A Petrobras disse que, para Atapu, receberá a compensação antes do "gross up" no valor de 1,5 bilhão de dólares, até 15 de abril de 2022.

No caso de Sépia, o montante é de 2,2 bilhões de dólares, e a data de recebimento ainda está em negociação com o consórcio da partilha.

Já a parcela do bônus devido pela Petrobras para os dois campos, no valor de 4,2 bilhões de reais, deverá ser pago neste primeiro trimestre.

Com relação aos investimentos de 2022, está mantida a previsão divulgada de 11 bilhões de dólares, acrescentou a Petrobras.

"Ao longo deste ano, serão discutidos com os parceiros e PPSA os Planos de Desenvolvimento para a produção dos volumes excedentes em Atapu e Sépia, que devem incluir a implantação de um novo sistema de produção em cada campo", ressaltou, afirmando que os ajustes serão refletidos e divulgados no Plano Estratégico 2023-27.

As ações preferenciais da Petrobras operavam em alta de 0,8% nesta sexta-feira, enquanto o Ibovespa tinha queda de 0,1%, às 11h08.

META DE 2021

A companhia também disse que confirmou o atingimento de metas de produção em 2021.

A produção de petróleo foi de 2,22 milhões de barris ao dia, versus 2,21 milhões do objetivo, enquanto a extração total de óleo e gás somou 2,77 milhões de boed, versus meta de 2,72 milhões.

A Petrobras disse que, entre os destaques de 2021, estiveram o início de produção do FPSO Carioca, primeira plataforma no campo de Sépia, na Bacia de Santos.

A companhia disse ainda que a produção própria no pré-sal totalizou 1,95 milhão de boed em 2021, representando 70% da produção total da Petrobras.

A companhia também mencionou a conclusão da venda da totalidade de sua participação nos campos marítimos de Frade, na Bacia de Campos, e Lapa, no pré-sal da Bacia de Santos, entre outros.

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