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PF apreende R$ 120 mi em bens em operação que investiga governador do Acre

Ação investiga suposta organização criminosa envolvida em ilícitos de corrupção e lavagem de dinheiro

9 mar 2023 - 08h40
(atualizado às 08h52)
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PF investiga corrupção e lavagem de dinheiro no estado do Acre
PF investiga corrupção e lavagem de dinheiro no estado do Acre
Foto: Polícia Federal

A Polícia Federal realiza nova fase da Operação Ptolomeu III nesta quinta-feira, 9, que investiga uma suposta organização criminosa envolvida em ilícitos de corrupção e lavagem de dinheiro no Governo do Acre. A ação foi criada em 2021 e investiga a alta cúpula do poder, incluindo o próprio governador do Estado, Gladson Cameli (PP).

Mais de 300 policiais cumprem 89 mandados de busca e apreensão no Acre, Piauí, Goiás, Paraná, Amazonas e Rondônia, além do Distrito Federal.

Nesta terceira fase da investigação, a Polícia Federal busca o ressarcimento de parte dos valores desviados dos cofres públicos. O STJ determinou bloqueio de aproximadamente R$ 120 milhões por meio do bloqueio de contas e sequestro de aeronaves, casas e apartamentos de luxo adquiridos como proveito dos crimes.

O STJ decretou ainda inúmeras medidas cautelares diversas da prisão, como suspensão do exercício da função pública, proibição de acesso a órgãos públicos, impedimento de contato entre os investigados e a proibição de se ausentar do País, com a entrega de passaportes no prazo de 24 horas.  

Gladson Cameli
Gladson Cameli
Foto: Governo do Acre

Segundo a TV Globo, o governador Gladson Cameli não é alvo de buscas nesta fase da operação, mas deve ter bens bloqueados, além de precisar entregar seu passaporte em 24 horas, conforme decisão do STJ.

Cameli foi alvo da PF nas primeiras fases da operação. Agentes chegaram a realizar buscas em seu apartamento. Na ocasião, o governador se manifestou sobre a ação policial e disse que "quem não deve, não teme". 

"Não devo, não temo e quero que fique até o final, se tiver coisa errada vai para a rua [o servidor] e tem que prestar contas à sociedade, porque é dinheiro público", afirmou Cameli à TV Globo.

Fonte: Redação Terra
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