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PF diz que investigou vazamento em operação contra Queiroz

Após suplente de Flávio Bolsonaro dizer que senador teve informações privilegiadas de investigação, corporação diz que vai instaurar novo inquérito

17 mai 2020 - 19h51
(atualizado às 20h38)
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SÃO PAULO - A Polícia Federal divulgou nota oficial neste domingo, 17, em que diz já ter investigado suspeitas de vazamento de informações relacionadas com a Operação Furna da Onça, que mirou esquema de desvio de salários na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). A corporação diz, ainda, que uma nova investigação foi instaurado após o empresário Paulo Marinho dizer que o senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ), de quem foi suplente, teria recebido informações privilegiadas sobre o envolvimento de seu ex-assessor Fabrício Queiroz no esquema investigado.

"Notícia anterior, sobre suposto vazamento de informações na operação 'Furna da Onça', foi regularmente investigada pela PF através do Inquérito Policial n° 01/2019, que encontra-se relatado", diz a PF, em nota. A corporação não informou se, durante o inquérito, a suspeita de vazamento foi confirmada ou descartada. "Todas as notícias de eventual desvio de conduta devem ser apuradas e, nesse sentido, foi determinada, na data de hoje (domingo, 17), a instauração de novo procedimento específico para a apuração dos fatos apontados."

O então deputado Flávio Bolsonaro com seu assessor Fabrício Queiroz
O então deputado Flávio Bolsonaro com seu assessor Fabrício Queiroz
Foto: Reprodução / Estadão Conteúdo

Ao jornal Folha de S. Paulo, Marinho afirmou que um delegado da PF teria avisado Flávio sobre as investigações que atingiriam Queiroz, pouco após o primeiro turno das eleições. O aviso teria ocorrido em outubro de 2018, entre o primeiro e o segundo turno das eleições daquele ano. Segundo o relato de Marinho, o delegado teria informado que membros da Superintendência da PF no Rio adiariam a operação para não prejudicar a candidatura de Jair Bolsonaro à Presidência.

Segundo Marinho, esse relato teria sido feito a ele pelo próprio Flávio, então candidato a senador. Neste domingo, negou as acusações e disse que o empresário teria interesse em prejudicá-lo.

"A referida operação policial foi deflagrada no Rio de Janeiro em 08/11/2018, tendo os respectivos mandados judiciais sido expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 2° Região, por representação do Ministério Público Federal, em 31/10/2018, portanto, poucos dias úteis antes da sua deflagração", diz a nota da PF. "A Polícia Federal se notabilizou por sua atuação firme, isenta e imparcial no combate à criminalidade, dentro de suas atribuições legais e constitucionais."

Estadão
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