PF investiga grupo que movimentou R$ 1,4 bi com cigarros falsificados
No total, mais de 170 policiais participaram na execução dos mandados de prisão e de busca e apreensão, com o objetivo de deter os envolvidos e confiscar seus bens
Duas operações, batizadas como Sinal de Fumaça e Nicotina Falsa, foram desencadeadas pela Polícia Federal, em colaboração com a Receita Federal e o Ministério do Trabalho e Emprego, para desarticular um complexo esquema de fabricação e comercialização de cigarros falsificados. No total, mais de 170 policiais participaram na execução dos mandados de prisão e de busca e apreensão, com o objetivo de deter os envolvidos e confiscar seus bens.
As operações ocorreram nas cidades de Uberaba e no Distrito Federal, com base em denúncias de cigarros falsificados sendo vendidos em Valparaíso de Goiás e Uberaba/MG. Além disso, a investigação revelou uma grave exploração de trabalhadores paraguaios, mantidos em condições análogas à escravidão para a produção dos cigarros falsificados. De acordo com a Polícia Federal, o grupo inicialmente comercializava cigarros legítimos, mas acabou optando por aumentar seus lucros com produtos de uma fábrica clandestina.
O Esquema por trás dos cigarros falsificados
A partir das denúncias, a Polícia Federal conseguiu identificar que o grupo criminoso usava documentos e notas fiscais falsas para distribuir os cigarros de uma forma que parecesse legal. A aparente simplicidade dos locais de distribuição escondia uma rede complexa de operações que movimentou cerca de R$ 1,5 bilhão.
Entre os crimes pelos quais os envolvidos podem ser responsabilizados estão: a falsificação de cigarros e documentos tributários, o comércio de produtos impróprios para consumo, práticas trabalhistas análogas à escravidão e lavagem de dinheiro. As investigações continuam para desmantelar completamente a rede e levar todos os responsáveis à justiça.
Como funcionava a produção clandestina?
A produção ilegal era realizada em uma fábrica clandestina, suspeita de estar situada em Minas Gerais. Trabalhadores em condições precárias fabricavam e embalavam os cigarros sem seguir quaisquer regulamentações de segurança ou qualidade. As condições desumanas dos trabalhadores eram um reflexo claro da intenção de maximizar os lucros a qualquer custo.
- Produção em massa sem controle de qualidade;
- Trabalhadores explorados em condições degradantes;
- Documentação falsa para disfarçar o crime;
- Distribuição em locais estratégicos para reduzir riscos de detecção.