PL aposta em viagens e motociatas para alavancar imagem de Bolsonaro após retorno ao Brasil
Partido quer usar o ex-presidente para aumentar poder com as eleições municipais de 2024, diz jornal
O Partido Liberal (PL) está montando um 'plano de ação' para alavancar a imagem política de Jair Bolsonaro (PL), quanto o ex-presidente retornar dos Estados Unidos para o Brasil, e, dessa forma, reforçar os nomes da sigla para as eleições municipais de 2024, informa o jornal O Globo nesta segunda-feira, 20.
Segundo a apuração, Bolsonaro tem dito a pessoas próximas que irá retornar ao País no início de abril. O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, admite que não pode confirmar a data, já que Bolsonaro voltou atrás sobre o seu retorno em outras ocasiões, mas tem apostado nesse plano que também inclui a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
A ideia do PL é, com a imagem de Bolsonaro e de Michelle - que dialoga com o público feminino, seja possível aumentar de 343 para pelo menos 1 mil o número de prefeituras comandadas pela legenda.
Motociatas
De acordo com Valdemar Costa Neto, o plano de ação do PL inclui viagens pelo Brasil com Jair e Michelle Bolsonaro ainda no primeiro semestre do ano que vem. Entre as ideias, está o retorno das chamadas motociatas, os passeios de moto que o ex-presidente fazia para fortalecer sua imagem política com seu eleitor.
A primeira cidade que iria receber a visita do ex-mandatário pode ser Maceió, segundo os planos da sigla, por ter sido a única capital do Nordeste na qual Bolsonaro derrotou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"A ideia é fazer uma verdadeira força-tarefa pelo Brasil, reforçando o papel de Bolsonaro como o grande líder da direita. Os deputados de cada estado vão acompanhar Bolsonaro, impulsionando essas visitas, existe a possibilidade de fazermos novas motociatas, inclusive", afirmou ao jornal Altineu Côrtes (PL-RJ), líder do partido na Câmara dos Deputados e ligado a Valdemar Costa Neto.
Além de dar peso à imagem de Jair Bolsonaro durante as viagens, Michelle Bolsonaro também seguiria como ponte com o público feminino, inclusive incentivando mulheres a ingressar no partido.
"A Michelle não é candidata a nada, mas é a nossa liderança feminina, que certamente vai ajudar muito neste trabalho", acrescentou Côrtes.